Cerca de uma semana após a morte trágica de
Angélico Vieira, a 28 de junho, na sequência de um acidente de viação,
Rita Pereira regressou ao trabalho. Com profissionalismo e tentando manter-se forte e o mais concentrada possível, a atriz retomou as gravações da novela da TVI,
Remédio Santo, na qual interpreta a vilã Helena. Dias depois, voltou também a pisar uma passarela, num desfile em Torres Vedras.
E apesar do sorriso nos lábios, não conseguiu esconder a emoção ao receber palavras de incentivo por parte das centenas de pessoas que estavam presentes no evento.
"O carinho do público tem-me ajudado a ultrapassar a dor. É maravilhoso sentir uma plateia aquecer o meu coração", disse a jovem à CARAS. Visivelmente comovida, Rita fez um grande esforço para conter as lágrimas na primeira vez em que teve de enfrentar uma multidão após a partida daquele que foi o seu grande amor. Conscientes disso, os espetadores do desfile saudaram-na afetuosamente, tocaram-lhe nas mãos, proferiram mensagens de apoio e mostraram-lhe que é realmente uma figura pública muito querida da maioria dos portugueses.
Neste dia, a mãe de Rita Pereira,
Maria João, que raramente marca presença em eventos públicos, evitando ao máximo a exposição mediática, fez questão de estar ao lado da filha mais velha. Além dos fãs, os pais e a irmã da atriz têm sido o seu grande pilar, bem como alguns amigos mais próximos.
A dor da perda do ex-namorado dilacerou-lhe o coração, porque Angélico nunca deixou de ser alguém muito especial para Rita. O casal, que se conheceu nas gravações da novela juvenil
Morangos com Açúcar, namorou durante cerca de cinco anos, mas o relacionamento terminou há quase três. Após uma fase de afastamento inicial, com o passar do tempo Rita Pereira e Angélico Vieira tornaram-se bons amigos, e no último mês antes da morte do cantor e ator, voltaram a relacionar-se de forma mais íntima e pensavam seriamente em retomar o namoro, uma vez que, nestes três anos de afastamento nunca deixaram de se amar. Segundo amigos da atriz, consola-a agora o facto de ter podido estar bastante tempo com Angélico entre o final de maio e o dia do acidente.
Isto porque Rita e Angélico se encontravam secretamente para jantar fora e passavam muitos fins de semana juntos, sobretudo no norte ou mesmo fora do país. A própria atriz não nega a reaproximação e tenta encontrar na
"memória do sorriso e da voz doce" do ex-namorado um consolo para esta fase tão triste da sua vida:
"Sei que ele sabia o como era importante para mim e quanto o seu amor e a sua amizade me mudaram para sempre."
Por se encontrar ainda muito fragilizada com tudo o que aconteceu, e por não querer protagonismo nesta tragédia, Rita Pereira não tem tido disposição para dar entrevistas, por isso vai-se manifestando através de comunicados ou pela sua página de fãs na Internet, que conta com quase 100 mil seguidores.
"Este é de facto um momento muito difícil e as pessoas, com as suas palavras, têm-me ajudado mais do que imaginam", explica a atriz.
Além de brilhar nas passarelas, ser a cara de várias marcas em anúncios publicitários e de estar a fazer sua quarta protagonista na ficção nacional, Rita Pereira prepara-se ainda para abraçar um novo projeto: a apresentação televisiva. No dia 1 de agosto estreia-se no horário nobre de domingo, em
Canta Comigo, um programa que visa encontrar novos talentos musicais. Este convite surgiu semanas antes da morte de Angélico Vieira e Rita aceitou sem hesitar. E agora, apesar de muito abatida, está motivada e aproveita para mergulhar no trabalho para tentar não pensar tanto na sua perda.
A atriz, que manteve sempre uma relação de grande amizade e cumplicidade com a mãe de Angélico,
Filomena Vieira, em cuja casa era presença assídua, tem estado diariamente com a família do cantor. A mãe de Angélico, que sempre considerou Rita como sua nora, mesmo após a separação do casal, gosta de a ter por perto e delegou nela todas as burocracias que têm de ser resolvidas relativamente ao legado do seu único filho.