Comunicadora nata,
Carla Ascenção, de 30 anos, passou pela RTP e pela RTPN e é um dos rostos mais conhecidos do Porto Canal, com a apresentação do programa
Consultório. Carla garante que sempre sonhou ser jornalista e que, apesar de as suas médias escolares serem tão elevadas que lhe permitiam seguir Medicina, optou pelo curso de Comunicação Social.
Perfeccionista e decidida a manter os seus valores, demonstrando sempre que não é somente uma cara bonita da televisão, Carla tem como objetivo construir uma carreira na área da informação.
É junto do noivo,
Pedro Ribeiro, gestor de centros comerciais, com quem planeia casar-se em junho do próximo ano e por quem garante estar muito apaixonada, que a jornalista passa todo o seu tempo livre. Dos seus planos faz ainda parte mudar-se para Lisboa, para uma maior evolução pessoal e profissional.
– Sempre quis ser jornalista, na área televisiva?
Carla Ascenção – Sim, porque me atrai muito a forma de comunicar em televisão e o impacto que tem junto do público. Para mim, é um meio privilegiado para informar e educar as pessoas.

– Se tinha média para seguir Medicina, terá sido com certeza uma aluna aplicada e uma adolescente pouco rebelde?
– Tive notas muito elevadas e entrei em jornalismo com média de 19. Sempre gostei muito de estudar e sempre procurei em tudo – e procuro ainda hoje, pois sou muito perfeccionista -, fazer as coisas com valores e não ser apenas mais uma. Gosto de ultrapassar os meus limites, de me pôr à prova.
– Vive então a vida com muita dedicação…
– Sim, sempre.

– Apresenta o programa
Consultório diariamente, mas, sendo uma apaixonada pela informação, o seu sonho é ser pivô?
– Adoro o programa que apresento, pois é muito enriquecedor e dá-me muita bagagem, mas não escondo que ser pivô de um telejornal é um sonho que gostava de concretizar.
– Está no meio da comunicação há nove anos. Os passos que tem dado têm-se revelado evolutivos?
– Sim, tem sido uma carreira com muito esforço, muita luta e muito empenho. Todas as oportunidades que me foram dadas agarrei-as e não viro as costas a um desafio. Prefiro dar um passo de cada vez do que dar um falso.
– Mudando um pouco de assunto, está noiva…
– Sim, vamos casar-nos no próximo ano. Estou muito feliz, apaixonadíssima. Estamos juntos há ano e meio e, por nós, casávamo-nos já, mas como somos ambos muito dedicados à profissão, ainda não foi possível. Queremos fazer um casamento tradicional, com tudo a que temos direito e isso implica tempo.

– O facto de as profissões de ambos exigirem muita dedicação ajuda a que entendam as ausências um do outro?
– Exatamente. O Pedro é uma pessoa com uma vida profissional muito preenchida e que lhe ocupa muito tempo, assim como eu. Por isso, durante a semana temos pouco tempo para estarmos juntos, até porque estamos em cidades diferentes, visto que eu moro no Porto e o Pedro passa mais tempo em Lisboa, mas sempre que podemos dedicamos o tempo um ao outro e os fins de semana são passados juntos. Esta distância de cidades entre nós faz também com que eu pretenda dar o passo profissional de vir para Lisboa assim que nos casarmos. Adoro a minha cidade, mas espero que o meu futuro passe por Lisboa, pois as grandes oportunidades na minha área estão aqui.
– Essa não é também uma prova de amor para com o Pedro, visto que vai deixar a segurança pessoal e profissional do Porto?
– Claro que também é uma prova de amor, mas, como disse, tenho dado um passo de cada vez. Mesmo que ao vir para cá não tenha um programa meu como o que faço agora, fazer outra coisa na minha área dentro de um grande canal será para mim um voto de confiança. Sei muito bem o que quero, tenho objetivos muito elevados e vou lutar por eles com calma.
– Então só viverão juntos depois do casamento, está preparada para essas alterações?
– Preparadíssima e acho que vai ser maravilhoso.
– E como foi o pedido de casamento, já estava à espera?
– Sim, era algo que desejávamos muito. O Pedro pedia-me muitas vezes em brincadeira se queria casar-me com ele e a 12 de fevereiro, no meu aniversário, fiquei noiva. Tivemos um jantar em minha casa, o Pedro falou com os meus pais e fez o pedido. Fiquei felicíssima e vivo nesse estado desde então [risos].
– Sempre sonhou com o dia do seu casamento?
– Sim. Quero que seja um dia inesquecível, sei muito bem o que quero e quase que já tenho tudo decidido na minha cabeça [risos].
– Não a incomoda que o vosso empenho profissional esteja a atrasar esse dia?
– Obviamente que estamos a adiar um pouco a data devido a isso, mas vivemos tudo com muita naturalidade. Vivemos o dia-a-dia de uma forma feliz e sem pressões. Casar é um momento de felicidade e não uma imposição nem uma fase de stresse. Vai tudo acontecer com muita naturalidade.
– Percebe-se que está realmente muito apaixonada…
– Sim [risos]. Somos muito parecidos e às vezes partilhamos um olhar, uma expressão em que percebemos tudo. Apoiamo-nos muito e isso é maravilhoso. Temos uma excelente relação de amizade.

– O Pedro é um homem romântico?
– Muito e eu também. Entre nós, o romantismo é instintivo.
– Percebe-se que é uma mulher bastante assertiva…
– Sim. Sou muito assertiva, objetiva, decidida e sei muito bem o que quero ou não. Sempre fui assim.
– Com as mudanças que viverá após o seu casamento, deduzo que ter filhos não seja um desejo a curto prazo…
– Não, nem pensar. Faz parte dos nossos objetivos futuros, mas não para já. Nunca senti o apelo da maternidade de que tantas mulheres falam, mas acho que esse dia chegará. Hoje em dia a mulher pode ser mãe até mais tarde e não me importo que isso aconteça. Terá de ser, sim, na altura em que o desejar.
– O facto de trabalhar em televisão faz com que tenha muitos cuidados com o aspeto exterior?
– Gosto de me sentir bem comigo própria, cuido da minha imagem, mas não tenho nenhuma obrigatoriedade. Acho que a imagem em televisão é importante, mas, acima de tudo, as pessoas têm de ter cultura, maturidade, currículo e experiência. E eu tenho. Se é coisa que não sou é mais uma cara bonita num canal de TV por cabo.