José Saramago morreu a 18 de junho de 2010. Contudo, e como partilhou Nuno Artur Silva durante a apresentação do livro Claraboia – escrito pelo Prémio Nobel da Literatura nos anos 50, e só agora publicado –, “o José já não está cá, mas Saramago continua vivo.” E foi para recordar o homem e perpetuar a genialidade do escritor que familiares, amigos e muitos admiradores se reuniram no Jardim de Inverno do S. Luiz Teatro Municipal, no dia em que o autor completaria 89 anos de vida.
Enquanto decorria a apresentação da obra e se falava do legado que o Nobel deixou à literatura, eram simultaneamente projetadas várias fotografias de Saramago, acompanhado pela filha, Violante, na década de 50. Emocionada, a bióloga subiu ao palco e recordou o pai. “Não sei falar do escritor, mas sei falar do homem, que foi das pessoas mais íntegras que conheci. Foi a pessoa que me deu lições e me formou de uma maneira suave, sem nunca me ter dado uma palmada. A minha relação afetiva com o meu pai passou por vários altos e baixos, mas nos últimos largos anos foi de muita solidez. Só posso dizer que valeu a pena ter aquele pai.”
Neste dia, horas antes desta apresentação, Pilar del Rio recebeu pelas mãos de António Costa, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, a chave da Casa dos Bicos, sede da Fundação José Saramago, cuja inauguração deverá acontecer na primavera. “José Saramago continua connosco, porque será sempre muito amado”, partilhou a viúva do escritor.
Familiares e amigos reúnem-se para recordar José Saramago
O Prémio Nobel da Literatura foi homenageado no dia em que completaria 89 anos.
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