Marisa de Almeida e Paco Bandeira namoravam há cerca de um ano. E, mesmo depois do cantor ter sido acusado de violência doméstica contra a ex-mulher, Maria Roseta, e maus tratos contra a filha menor, Constança, de 12 anos, a professora primária saiu em sua defesa. No passado dia 10, inclusivamente, depois da segunda sessão de julgamento que decorreu no tribunal de Oeiras, em declarações à imprensa, Marisa agradeceu o facto de Paco Bandeira ter sido sempre honesto com ela em tudo o que dizia respeito ao processo e disse que iria estar a seu lado. Aliás considerou-o uma “pessoa normal. É atencioso, carinhoso e afetuoso. Ele está sempre disponível para mim e eu estarei também. Honestamente acredito na inocência dele. Se tivesse havido algum comportamento anormal em relação a mim eu poderia até ter dúvidas mas tal não aconteceu.”
Hoje Marisa de Almeida já não tem, no entanto, tanta certeza. Pelo menos, a avaliar pelo que deixou escrito na sua página de Facebook, em que revela que a sua relação com o cantor terminou.
“Vou sair do grupo, mas não sem antes explicar o porquê. Nunca pensei que isto me fosse acontecer a mim, que tenho estado ao lado do Paco desde o primeiro minuto que soube deste processo e desde que muito mais coisas se disse sobre ele, quando o processo se tornou público. Nunca duvidei do Paco. Nunca o questionei sobre tudo aquilo de que era acusado. Acreditei nele. Confiei nele. Defendi-o com unhas e dentes, de corpo e alma, como todos puderam constatar. Era uma batalha que não era minha, mas passou a ser, a partir do momento em que o meu companheiro estava a ser vítima de tanta agressão. Achei injusto. Criei de imediato este grupo, recebi alguns comentários menos positivos sobre a minha participação aqui, mas continuei, porque acreditei na causa e o que me importava era a defesa do Paco. A partir do momento em que deixei de acreditar, não faz sentido continuar aqui. Eu tenho vivido única e exlusivamente para o Paco, de tal forma, que acabei por me afastar dos meus amigos. Passei a fazer parte do seu mundo: dos seus amigos, das suas filhas mais velhas, dos seus espetáculos, dos seus “statements” – que tantas vezes o ajudei com ideias, porque era assim que nós funcionávamos, éramos uma equipa. Os seus amigos/conhecidos, passaram a ser também os meus. Socialmente, sou uma pessoa extrovertida, divertida. Dava-me bem com todos e pensei que ele ficaria feliz com tal situação. Pelos vistos, não!
Na noite de sábado íamos jantar fora com mais pessoas. Digo íamos, porque assim que o Paco me viu sozinha a falar com um dos seus amigos/conhecidos (que tem uma companheira com quem vive), pensou que nós estávamos envolvidos e que tinhamos combinado aquilo tudo só para nos encontrarmos. Acabámos por não jantar. O Paco fez apenas o que ainda tinha a fazer lá no restaurante e fomos embora. Pelo caminho, tentei dender-me das acusações que me fazia, mas em vão. O Paco não me deixava falar, contudo, ele falava. Disse que estava tudo acabado, que cada um seguiria o seu caminho e que a situação já se tinha repetido noutras ocasiões, umas 3 ou 4 vezes e que me tinha tentado avisar “ao de leve”…Lamento, não ter sido suficientemente inteligente para ter percebido os seus “avisos”, de não poder falar com amigos/conhecidos do sexo masculino ou com aquele em particular. O Paco fez questão de sublinhar que não se trata de ciúme, mas sim, de humilhação!
Eu poderia ter-me remetido ao silêncio e não publicar nada disto, só que mais tarde ou mais cedo iria saber-se do final da relação e especular-se muita coisa. Para além de que aprendi com o Paco a nunca me calar perante uma injustiça e já que não me deixou falar no momento em que me acusou, falo agora.
Retirei do seu artigo “A carapuça” o seguinte excerto: “O resultado indesmentível do vosso empoladíssimo ofício, é que hoje ninguém acaricía uma criança, com medo de ser considerado pedófilo – poucos homens se arriscam a conviver naturalmente, uns com os outros, para lá do regular trato, com medo de serem considerados homossexuais ou pior – muita gente vive só, para não ser confrontada com acusações/chantagem de violência doméstica, por dá cá aquela treta;” e eu acrescento o seguinte: já uma mulher comprometida não pode conviver com amigos do sexo masculino, por medo de ser considerada uma traidora e infiel ao seu companheiro. Pergunto-me agora: e se fosse o inverso? Se fosse eu a acusada neste processo? Será que o Paco se manteria do meu lado? Será que confiaria em mim ao ponto de nunca pôr a hipótese de todas as acusações feitas serem verdade? Não sei o que pensar, mas sei o que sinto. Sinto uma revolta muito grande por ter sido tratada desta forma, quando tanto de mim lhe dei.
O Paco é a minha grande desilusão…”
Marisa de Almeida termina relação com Paco Bandeira
"O Paco é a minha grande desilusão" escreve a professora primária na sua página de Facebook.