Paco Bandeira e Maria Roseta regressaram esta
tarde ao Tribunal de Oeiras para mais uma sessão do julgamento em que o cantor
é acusado de violência doméstica contra a ex-mulher e a filha de ambos, Constança, de 13 anos.
A sessão teve início com Paco Bandeira, de 67 anos, a prestar declarações
complementares. O artista, que começou por dizer que queria fazer essas
declarações porque vai ser submetido a uma intervenção cirúrgica na próxima
sexta-feira, 1 de junho, optou por ler o que queria dizer em tribunal. “Não sou perfeito e não sou um marido
perfeito (…) Nunca tentei qualquer tipo de coação, nem psicológica, a Maria
Roseta”, começou por dizer Paco Bandeira, antes de afirmar que “houve zangas”, mas que a ex-mulher “nunca foi pressionada” para ficar com
ele. “Nunca lhe toquei num fio de cabelo.
Acredito na verdade e no tribunal. Estou arrependido, não por estar no
tribunal, mas porque este processo já fez uma vítima, a minha filha Constança,
que está neste momento dividida entre dois amores, o pai e a mãe”,
acrescentou o músico, emocionado e a chorar. “Se a mãe ganhar, ficará com o peso na consciência por ter condenado o
pai…”, diz ainda, antes de interromper a leitura, que não consegue terminar
por estar a chorar.
Começaram então a ser ouvidas as testemunhas de defesa. O músico Jorge Ganhão já prestou o seu
depoimento e garantiu que “Paco não é
autoritário, nem controlador, nem obsessivo, nem ciumento”.
Entre o rol de testemunhas de defesa do intérprete de A Ternura dos 40 está também uma das suas filhas mais velhas, Ana Paula. Esta começou por esclarecer
que “nunca esteve muito presente no
relacionamento” do pai com Maria Roseta, mas que ele “tem sido um excelente pai para a Constança e [que] tem com ela um relacionamento de
cumplicidade e amor”. Ana Paula Bandeira referiu também que, inicialmente,
o músico se mostrava contra a ideia de Maria Roseta engravidar, mas que esta
acabou por convencê-lo. Depois explicou que não existia qualquer relação entre
as filhas mais velhas de Paco e a nova família deste: “A Maria Roseta sempre tentou boicotar qualquer ambiente social onde eu
e a minha irmã [Maria da Conceição]
estivéssemos”.
“A Maria Roseta contradizia o meu pai.
Cada vez que ela vinha falar comigo, eu virava-lhe as costas. Não tenho
qualquer tipo de relação com ela, mas ela dizia-me que o meu pai era louco e
megalómano”, recordou ainda.
A última testemunha de hoje, Maria de
Fátima Sobral Mendonça, designer
amiga da família, confirma “alguns
episódios mais tensos entre o casal”. Contudo, esclarece que nunca ouviu o
Paco a ser rude e que Maria Roseta é que tentava criar situações de conflito.
Maria da Conceição Bandeira, a outra filha do músico, será ouvida na próxima
sessão do julgamento.
Paco Bandeira volta a tribunal
O músico é acusado de violência doméstica contra a ex-mulher, Maria Roseta, e a filha de ambos, Constança.
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