Depois de 12 anos na Catalunha, o Primavera Sound expandiu-se e a cidade do Porto foi a eleita para acolher este festival de música alternativa, em detrimento de Roma ou Viena. Porque “o Porto partilha com Barcelona certos traços idiossincráticos, como a sua localização junto ao mar, o agradável clima, as suas dimensões, o seu carácter empreendedor ou a sua oferta de serviços“, os organizadores do festival não hesitaram em eleger a cidade nortenha e, quatro dias depois, o balanço é extremamente positivo.
“É fantástico! Este é um festival para quem gosta de ouvir música a sério, não para quem quer mostrar os calções“, afirmou, com a ironia que lhe é característica, Rui Reininho. “É um festival contra o centralismo: Barcelona e Porto, devia ser sempre assim“, defende, elegendo algumas das bandas em cartaz, entre as 60 anunciadas: “Vim ver Mercury Rev, uma grande banda, e os Suede que têm um vocalista que, como eu, desafina nas quatro primeiras“, continua animado. Também Toli César Machado, outro GNR, afirmou: “Acho muito bom termos, finalmente, um festival desta dimensão. Acho mais importante termos isto que as corridas de automóveis, por exemplo“.
Acompanhada pelo irmão, Rui, Sónia Araújo disse à CARAS: “Gosto de ver concertos e como é a primeira vez que este festival se realiza no Porto estava curiosa por ver, afinal é importante para a nossa cidade. Embora não seja bem o estilo de música que ouça regularmente, estou a gostar muito.“
Das cerca de 25 mil pessoas que, diariamente, marcaram presença no Parque da Cidade, metade eram estrangeiros, provenientes de 40 países, e nem a chuva que se fez sentir afastou os entusiastas.
Para 2013 está já confirmado o regresso do Primavera Sound ao Porto.