Além de serem pai e filha, Mário e Sofia Carvalhosa são igualmente colegas profissionais, pois ambos têm empresas na área do golfe, o que lhes permite trabalhar em conjunto. Muito próximos, a arquiteta e empresária garante que no ano passado viveu um período muito complicado e difícil quando viu o pai entre a vida e a morte devido a um grave problema de saúde que agora está ultrapassado.
Foi durante uma prova no Le Meridien Penina Golf & Resort, no Algarve, no âmbito do 22.º Circuito Golfe & Comunicação, que testemunhámos a cumplicidade entre Sofia, Mário e Inês, de seis anos, filha da empresária.
– Como surgiu a vossa paixão pelo mundo do golfe?
Mário Carvalhosa – A minha paixão pelo golfe surgiu há 35 anos, mas só comecei a organizar este torneio há 24. Gosto desta área, porque me permite estar com as pessoas e estes cenários em que jogamos são lindíssimos. Depois, podemos relaxar e descontrair, o que é difícil durante a semana.
Sofia Carvalhosa – Eu não sou uma jogadora assídua, mas quis seguir este caminho que acaba por me ser familiar. E nesta área posso fazer várias coisas que adoro, como conhecer pessoas e estar com elas. Com esta profissão, tenho tempo para as atividades que considero essenciais, como estar com a minha família e amigos. Não tenho aquele horário das nove às onze, que hoje em dia já nem é das nove às cinco! Preciso de tempo para me dedicar aos meus.
– É fácil trabalhar com a sua filha?
Mário – É fácil, porque aqui a Sofia é uma profissional. Cada um de nós tem a sua empresa e área de trabalho, mas complementamo-nos. Trabalhamos em conjunto e nisso não deixamos de ser família. Somos uma equipa. Quando deixar de fazer isto, sei que a Sofia pode levar esta competição para a frente, como, aliás, já comprovei o ano passado, quando passei por um período muito delicado no que diz respeito à minha saúde e a Sofia fez todo o trabalho tão bem ou melhor do que eu, como me disseram muitos participantes.
Sofia – O meu pai é um mestre naquilo que faz e é um privilégio para mim poder aprender. Depois, temos feitios iguais, o que na maior parte das vezes facilita a comunicação entre nós.
– Acredito que ultrapassar essa fase tão delicada vos tenha unido mais como família…
– O meu pai e eu somos muito próximos, aliás, na minha família somos todos unidos. E com tudo o que aconteceu, esses laços ainda se estreitaram mais. Acho que o ano passado foi a pior altura da minha vida, por causa desta situação muito complicada de saúde que o meu pai viveu. Agora ele está bem, recuperou lindamente. Claro que fiquei com uma perspetiva diferente da vida. Quando somos abanados desta forma, crescemos e ganhamos uma série de receios que existem, mas que até então ignorávamos. Deixei de viver naquele mundo cor de rosa.
Mário – Comecei a pensar mais no presente e deixei de projetar tanto as coisas. Andava sempre preocupado com o amanhã. Diverte-me imenso permanecer aqui. Lutei pela minha vida e fico contente por continuar cá. Hoje em dia tenho cuidados que antes não tinha, não como aquilo que quero… Mas as minhas filhas estão sempre a ralhar comigo, porque sou um bocadinho desobediente.
Sofia – Por acaso, sempre vivi muito o dia-a-dia. A minha perspetiva de vida é: ‘Se estou feliz hoje, amanhã vou estar mais.’ Vivo o hoje como se não houvesse amanhã.
– E parece que agora ainda tem mais motivos para estar feliz, porque há uma nova pessoa na sua vida…
– É verdade, mas não gosto de falar desse lado mais privado da minha vida. Estou muito feliz, a vida é boa. Sinto que tudo está equilibrado.
Sofia Carvalhosa partilha o seu lado mais familiar, ao lado do pai e da filha
A arquiteta e o pai, Mário Carvalhosa organizaram uma prova de golfe no Algarve, durante a qual tiveram a companhia de Inês, filha de Sofia. Na ocasião, os três provaram ter uma relação muito cúmplice.