Em jovem já se preocupava com a aparência, muito devido ao exemplo da mãe, que jamais saía de casa sem pôr um pouco de rímel e pó de arroz. O tempo passou e, respeitando sempre a máxima romana “mente sã em corpo são”, Teresa Pinto Coelho nunca desleixou os cuidados estéticos, que sempre aliou à prática de desporto. Por isso, defende que a idade não passa de um número e só após alguma insistência revelou à CARAS que tem 66 anos. A confissão foi feita numa conversa que decorreu em sua casa e durante a qual – e acreditando que podia ser um bom exemplo para que as mulheres da sua idade não deem tréguas à passagem dos anos –, nos contou quais os segredos da sua juventude. Um deles foi consultar, há seis meses, o famoso médico das estrelas Dr. Christian Chams, que cuida da aparência da princesa Letizia, entre outras celebridades, e experimentar o seu método inovador de rejuvenescimento no rosto, pescoço e mãos. Uma decisão em que teve o apoio do companheiro, o reumatologista António Vilar.
– Por que é que decidiu recorrer aos cuidados do Dr. Chams?
Teresa Pinto Coelho – Propuseram-me fazer este tratamento e como já tinha visto resultados em pessoas minhas amigas achei que era de experimentar. Na minha idade, a pele já necessita de rejuvenescer um pouco e fiquei muito contente com o resultado. Nota-se diferenças logo na primeira sessão, e não é nada traumatizante. Fiz um tratamento por mês, desde junho, e terminei agora. Todos os dias tenho coisas para fazer e duas ou três horas depois podia logo maquilhar-me, desde que tenha alguns cuidados com a pele, que também já tinha anteriormente.
– Em que consiste o tratamento que fez?
– É muito simples e nada doloroso. Não precisa de anestesia e a pessoa só tem de se mentalizar que vai levar umas picadinhas. Basicamente, consiste na aplicação de um complexo de vitaminas que o Dr. Chams desenvolveu e que, de facto, faz a diferença. Sinto a pele mais firme, com os contornos mais definidos, sem que se perceba que mudou alguma coisa. Parece que fico com um ar mais descansado e mais fresco.
– E as vitaminas injetadas no rosto são as mesmas que são usadas nas mãos e pescoço?
– Ele muda de seringas durante o tratamento, mas não sei se diferem de um local para o outro.
– Por que sentiu necessidade de recorrer a este tratamento?
– Não sou o género de pessoa de recorrer a institutos para massagens ou o que quer que seja, até porque não tenho tempo, mas achei que não poderia desperdiçar a oportunidade de experimentar este tratamento. Falei inclusive com o António, que também é médico, e que me disse que deveria experimentar, já que não tem nada de invasivo, e que logo veria os resultados. Ele não é nada a favor de cirurgias e tem-me apoiado imenso nisto.
– E os resultados corresponderam mesmo às suas expectativas?
– Sim, mas o que me entusiasma mais é que este tratamento tem resultados a longo prazo. Acho que devemos fazer tudo o que nos ajude a sentir bem, esteja ao nosso alcance e não interfira com a nossa saúde.
– Sempre foi cuidadosa com o aspeto exterior?
– Sim, sempre, sem esquecer o aspeto interior, por isso a minha atitude perante a vida é sempre positiva. Acredito que só as pessoas felizes podem trazer felicidade aos outros. Eu sempre fui muito disciplinada comigo mesma, tanto em matéria das minhas obrigações e daquilo que acho dever ser a minha conduta, como nas coisas do meu dia-a-dia. Saio arranjada de manhã como sempre fiz, e basta pôr mais uns pozinhos para estar pronta para um evento.
– E como é o seu dia-a-dia?
– De manhã, faço os meus telefonemas, trato dos meus assuntos, passeio os meus cães e vou ao ginásio. À tarde, tento ir ver os meus netos, jogo golfe e estou com os amigos.
– Não é muito comum ter 66 anos e estar como a Teresa está…
– Sempre gostei muito de fazer desporto e sinto-me com muita energia. Tenho muito entusiasmo pela vida e todos os dias acordo a pensar que tenho um dia novo pela frente. Há que ter objetivos na vida e as pessoas também devem ter em conta que têm de se sentir bem e fazer com que os que estão ao seu lado também se sintam. As pessoas não devem andar mal dispostas e com um aspeto que agrida os outros. Eu não conseguia viver assim comigo própria. Não gostava de viver a vida assim…
– E não se vê como um exemplo para as mulheres da sua idade?
– Seria muito presunçoso da minha parte dizer isso [risos]. Mas se puder mostrar às outras pessoas que uma atitude positiva, alguma autodisciplina e cuidados diários, além do rigor com que nos arranjamos, fazem diferença, ótimo!
– Sei que o seu filho, Pedro Passanha Guedes, ainda não sabe que fez estes tratamentos…
– Não. E acho que não notou. O meu filho é pouco interessado nestas coisas e não aprova nada que eu me preocupe com o aspeto, embora também faça gosto nisso. E os meus netos, o Francisco e a Maria Luísa, fazem imenso gosto e eu acho muito divertido arranjar-me para eles também.
– Por que é que não contou ao seu filho?
– Nunca interferi na vida do meu filho, nem nas suas escolhas e, por isso, temos respeito mútuo um pelo outro e pelas opções de cada um. Ele caça e eu também não gosto, pois sou defensora dos animais, e ele não me fala das suas caçadas… Há assuntos que não abordamos.
– Já está com o António há três anos. Como descreveria a fase que estão a viver?
– É ótima. Quando se é mais velho, há hábitos que já estão enraizados, e temos de tentar fazer cedências, de maneira a que ambos nos sintamos bem. Penso que já tomámos o pulso à personalidade e feitio um do outro e já sabemos com o que contamos. Não acabou o entusiasmo inicial, e continuamos a namorar, mas já se instalou euma certa rotina, que é muito boa. Sinto-me muito bem com a fase que estou a viver.
Teresa Pinto Coelho: “Só as pessoas felizes trazem felicidade aos outros”
Dias antes do Natal, Teresa Pinto Coelho recebeu-nos na sua casa de família, no Restelo, que há três anos partilha com o reumatologista António Vilar.