Fabrizio Corona, detido na quarta-feira em
Portugal, aceitou ontem extraditado para Itália, o que deverá
acontecer já hoje, de acordo com informações adiantadas por uma
fonte do Tribunal da Relação de Lisboa à agência
Lusa.
A mesma fonte indicou que o famoso
paparazzo italiano condenado a cinco anos de prisão por
extorsão, ficou detido nas instalações anexas à Polícia Judiciária
até ser entregue às autoridades italianas.
Fabrizio Corona foi condenado na passada sexta-feira, 18
de janeiro, pela justiça italiano a cinco anos de prisão efetiva
por ter tentado extorquir 25 mil euros ao futebolista francês
David Trezeguet, sob a ameaça de divulgar uma foto
comprometedora do jogador com uma mulher. Refugiou-se em Portugal,
mas esta quarta-feira foi detido em Queluz.
De acordo com a advogada de Corona,
Nadia Alecci, em declarações ao
site TGCom24, o fotógrafo só deixou o seu país por temer o
que o esperava na prisão.
“Não sou um fugitivo, saí de Itália porque fiquei perturbado
com uma sentença injusta e porque temo pela minha vida nas prisões
italianas”, terá dito Fabrizio Corona quando se entregou à
polícia portuguesa e ao grupo de agentes italianos que estavam no
seu encalce há vários dias. Para provar que apenas queria
proteger-se e não fugir, o fotógrafo indicou um local, a estação
ferroviária de Queluz, e uma hora para se entregar às autoridades.
Contudo,
Luigi Savina, superintendente da polícia de Milão,
acredita que a detenção teria acontecido mesmo sem a colaboração de
Corona:
“Começámos a segui-lo mal desapareceu de Itália. Ele percebeu
que o cerco começava a apertar-se. Percebeu que, uma vez queimado o
contacto com as únicas pessoas que o apoiavam, não conseguiria mais
apoio”.