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Getty Images
“Foi um processo longo e difícil. Só nos últimos anos é que percebi que prefiro viver com um homem”. Foi assim que o antigo jogador alemão Thomas Hitzlsperger assumiu publicamente a sua orientação sexual, esta quarta-feira, dia 7, em entrevista ao jornal Die Zeit, quatro meses depois de ter decidido arrumar as chuteiras.
“Estou a falar da minha homossexualidade porque quero avançar com a discussão sobre atletas profissionais gay”, disse o ex-jogador, de 31 anos, que vestiu a camisola da seleção alemã 52 vezes, entre 2004 e 2010, e passou pelo Aston Villa, Everton, West Ham, Lazio, Wolfsburgo e Estugarda. Para o atleta, é preciso acabar com os tabus no futebol e “promover o debate sobre a homossexualidade entre os desportistas profissionais”.
Hitzlsperger considerou o fim da carreira o momento indicado para abordar um tema que “não é levado a sério nos balneários”, pela proximidade dos Jogos Olímpicos, em Sochi, na Rússia. O internacional alemão garantiu que faltam “vozes críticas contra as campanhas que são dirigidas por diversos governos contra os homossexuais”. “Ser homossexual em Inglaterra, na Itália e na Alemanha não é muito importante, pelo menos nos balneários”, confessou o ex-médio, acrescentando que, apesar de nunca ter sentido vergonha, nem sempre foi fácil sentar-se à mesa com 20 homens e ouvir piadas sobre gays.
O futebolista quis também contrariar a ideia preconcebida de que “os gays são sensíveis”, pois sempre demonstrou ter “espírito de lutador, paixão e mentalidade vencedora”.
Recorde-se de que, em julho de 2013, a federação alemã de futebol (DFB) incentivou os futebolistas homossexuais a assumirem a sua orientação sexual.