Onica Mothoa y Mpho Pule, que dizem ser
filhas de Nelson Mandela, já deram início
aos trâmites legais para que a paternidade seja reconhecida. As mesmas adiantam
ser fruto das infidelidades do antigo líder sul-africano, durante o casamento
com a sua primeira mulher, Evelyn Ntoko Mase,
e pedem que a justiça impeça a execução do testamento, no qual não estão mencionadas.
A informação foi confirmada à televisão sul-africana pelo advogado Michael Katz, um dos administradores do
documento em que Madiba deixou especificado como queria que a sua fortuna fosse
distribuída. Contudo, Katz ressalva que Onica e Mpho apenas querem ser
reconhecidas como filhas e que não pretendem reclamar dinheiro ou bens.
De referir que o património de Mandela está avaliado em mais de 3 milhões de
euros, que serão repartidos entre família, funcionários, instituições
solidárias e o partido a que pertenceu, o CNA (Congresso Nacional Africano),
conforme a sua vontade.
Familiares das duas mulheres já vieram a público garantir que estas fizeram
várias tentativas para entrar em contacto com o símbolo da luta contra o
apartheid, mas que estas foram infrutíferas. Ao longo dos últimos anos falou-se
várias vezes na imprensa sul-africana da existência destas duas filhas
ilegítimas de Mandela, mas nunca lhes foi permitida qualquer aproximação, nem
mesmo quando este já estava no hospital.
Madiba morreu no passado dia 5 de dezembro, aos 95 anos.
Alegadas filhas ilegítimas de Mandela pedem para ser reconhecidas
As duas mulheres já entraram com um pedido na justiça para que a paternidade seja confirmada.