Descobriu que queria ser atriz com apenas 12 anos e, desde então, tem investido todo o seu tempo e energia na área que escolheu como profissão. Durante uma viagem a Barcelona, a propósito da apresentação do novo Seat Mii by Mango, Sónia Balacó fez um balanço dos anos que passou em Londres e revelou à CARAS sonhos e projetos.
– A última vez que falou connosco ainda morava em Londres, mas, entretanto, decidiu regressar a Lisboa…
Sónia Balacó – Sim, agora inverti um pouco o processo, estou mais em Lisboa do que em Londres. Não foi uma decisão, foi acontecendo durante o último ano. Tenho tido imenso trabalho em Portugal e o meu objetivo é estar a trabalhar, independentemente do sítio, fazer coisas que me dão prazer, projetos em que acredito, com pessoas cujo trabalho admiro. E tenho tido a sorte de isso ter estado a acontecer no meu país. Estou em Lisboa, mas tenho sempre um pé em Londres ou noutro sítio qualquer.
– Em que projetos tem estado envolvida?
– Em Londres fiz parte do elenco de Casualty, que é uma série de urgências médicas. Mais tarde gravei Os Filhos do Rock, em que faço o papel de uma jornalista do SETE, o primeiro jornal de música em Portugal. Foi uma experiência inacreditável viver a loucura do Rock And Roll dos anos 80.
– Porque gosta de música?
– Adoro música!
– E canta?
– Canto, mas não encanto [risos]. Já o fiz em espetáculos de teatro e, se tiver de voltar a fazê-lo, safo-me, mas não posso dizer que canto, porque seria injusto para as pessoas que realmente o fazem.
– Viver em Londres ajudou a abrir portas? Não é um mercado fácil…
– Não é fácil, mas é um mercado onde existem muitas oportunidades, dá-nos acesso ao mundo inteiro, o que é maravilhoso.
– E as maiores dificuldades, quais são?
– Não sei, porque mesmo aquilo que é uma dificuldade não creio que seja um problema. Toda a gente fala na concorrência. Estar num mercado global significa competir com pessoas de todo o mundo, mas não me assusta estar a competir a um alto nível. Isso só me impele a ser cada vez melhor naquilo que faço. Acredito na meritocracia, em trabalhar cada vez mais para ser cada vez melhor. Por isso, não me assusta, só me inspira. Quero chegar a esse sítio em que sou a atriz que quero ser.
– Sente que esses cinco anos que passou em Londres foram importantes nesse sentido?
– Completamente. Cresci imenso a todos os níveis, enquanto mulher e atriz. Viver noutro país dá-nos muita vida, que é importante também para o meu trabalho como atriz, já que trabalhamos com a pessoa que somos.
– Aprendeu a conhecer-se melhor por estar fora?
– O meu caminho é sempre de autoconhecimento, portanto acho que sim. Mas se tivesse permanecido em Portugal, se calhar estaria a fazer esse percurso de conhecimento, embora de outra forma.
– Ter cuidados com a alimentação e com o corpo também faz parte do seu trabalho enquanto atriz?
– Faz. É preciso ter-se controlo sobre o corpo para o trabalho de ator. Faço ioga e pilates, confesso que não com tanta regularidade como gostaria, e no verão gosto de correr. Tento também fazer uma alimentação saudável, focar-me em dar ao meu corpo tudo o que ele precisa, tratar da máquina…
– Foi manequim durante muitos anos. Deixou a moda para se dedicar àquilo que realmente queria, ser atriz?
– Eu não escolhi a moda, a moda escolheu-me a mim. Foi uma oportunidade que agarrei e que, no fundo, me abriu portas para fazer o que queria, de facto, fazer. Mas fi-lo com muito prazer. Gosto de fazer as coisas bem e acho que fui uma boa manequim. Foi muito divertido, fiz imensos amigos, permitiu-me viajar, o que foi ótimo, mas não é a minha paixão.
Sónia Balacó: “Acredito na meritocracia, em trabalhar para ser cada vez melhor”
Após cinco anos a viver em Londres, a atriz, de 29 anos, continua a lutar pela sua grande paixão: a representação.
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