João Manzarra e Sónia Tavares entregaram a Gisela João o galardão de Melhor Intérprete Individual, na Gala do Ano, que animou este domingo o Coliseu dos Recreios. “Obrigada a todas as pessoas que apoiam o meu trabalho, ao Hélder Moutinho, ao meu manager, à minha família e às minhas amigas. É uma honra estar nomeada ao lado destes três gigantes, entre eles o Camané que é o meu Deus. Aos meus fãs que todos os dias me enviam mensagens maravilhosas pelo Facebook, Eu conto por vocês e canto as histórias que canto para vocês”, disse a fadista emocionada.
Natural de Barcelos, onde cresceu, Gisela João mudou-se primeiro para o Porto, onde viveu durante seis anos e há dois trocou o norte do país por Lisboa. “Sendo a mais velha de 7 irmãos, de uma família ligada pelo trabalho à indústria têxtil, teve, ainda criança, o primeiro contacto com o Fado através da rádio e começou logo a cantá-lo. Primeiro para a família, depois para os amigos e vizinhos e finalmente em concursos locais”, pode ler-se na página oficial do Facebook da fadista.
Começou por estudar design de moda, mas depois de cantar numa casa de fados da Ribeira percebeu que era esse o seu caminho e rumou à capital e, mais precisamente, à Mouraria. Cantou no Sr. Vinho, na Tasca da Bela, na Mesa de Frades antes de encher salas como a Fábrica do Braço de Prata e o Auditório do Centro Cultural de Belém.
O álbum de estreia chegou às lojas a 1 de julho de 2013. “(…) Faz-me pensar nas voltas que o mundo dá. Aquela teoria de que a História se repete. Inconscientemente ou não, dou por mim a pensar nas grandes fadistas da geração dos anos sessenta e de como é que seria se ela tivesse nascido nessa altura e tivesse vivido esses tempos da canção de Lisboa. Por outro lado, dou comigo a olhar para os meus discos de vinil e dá-me uma vontade estranha de ir ouvir os primeiros registos das grandes cantoras internacionais. Como é que seriam algumas delas se cantassem o Fado? O primeiro disco da carreira de um artista é provavelmente um dos mais importantes. Ainda bem que este foi tratado com esse respeito, e com a coragem de tomar como referência este universo. Trazê-lo para o presente, a pensar no futuro, para que com isso se possa construir o início de uma grande carreira”, explica Gisela João, de 30 anos, referindo-se ao seu primeiro trabalho.
As pessoas identificam-na pela sua voz grossa e pelo facto de pegar no fado tradicional para o transformar em algo contemporâneo, num estilo muito próprio.
Na mesma categoria estavam nomeados Camané, com o CD O Melhor 1995/2013, Paulo Gonzo, com os CD’s Duetos e Só Gestos, e Pedro Abrunhosa, com o CD Contramão.
Gisela João distinguida em noite de gala
A fadista arrecadou o Globo de Ouro de Melhor Intérprete Individual na XIX Gala dos Globos de Ouro.
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