No dia em que o marido,
Sindika Dokolo, recebeu da Câmara Municipal do Porto a Medalha de Mérito Municipal – Grau Ouro,
Isabel dos Santos, filha do presidente de Angola,
José Eduardo dos Santos, mostrou ser muito mais do que uma das mais bem sucedidas empresárias do mundo, exibindo classe, elegância e educação. Habituada a ser o centro das atenções, a bilionária africana manteve-se ao lado do marido, abdicando do seu natural protagonismo neste que era um dia dedicado à arte africana, uma das maiores paixões de Sindika Dokolo. Discreta na postura e sóbria na aparência, mostrou-se sempre sorridente e orgulhosa do marido, muito elogiado pelo contributo que tem dado para a preservação e divulgação da cultura africana.
Sindika Dokolo, recebeu da Câmara Municipal do Porto a Medalha de Mérito Municipal – Grau Ouro,
Isabel dos Santos, filha do presidente de Angola,
José Eduardo dos Santos, mostrou ser muito mais do que uma das mais bem sucedidas empresárias do mundo, exibindo classe, elegância e educação. Habituada a ser o centro das atenções, a bilionária africana manteve-se ao lado do marido, abdicando do seu natural protagonismo neste que era um dia dedicado à arte africana, uma das maiores paixões de Sindika Dokolo. Discreta na postura e sóbria na aparência, mostrou-se sempre sorridente e orgulhosa do marido, muito elogiado pelo contributo que tem dado para a preservação e divulgação da cultura africana.
Aos 42 anos, Sindika Dokolo detém a mais importante coleção de arte contemporânea africana, atualmente com cerca de três mil obras, e partilha pela primeira vez com Portugal o seu espólio. “You Love Me, You Love Me Not” é o nome da exposição que está patente na Galeria Municipal Almeida Garrett, no Palácio de Cristal, e conta com 80 peças de arte contemporânea de 50 artistas, não só de África, mas também da Europa e dos Estados Unidos. Entre os autores estão
Nástio Mosquito,
Samuel Fosso,
Seydou Keita,
Nick Cave,
Marlene Dumas e
Wangechi Mutu.
Nástio Mosquito,
Samuel Fosso,
Seydou Keita,
Nick Cave,
Marlene Dumas e
Wangechi Mutu.
E foi por partilhar com o Porto a sua coleção que o presidente da Câmara atribuiu a mais alta distinção da cidade ao empresário congolês.
“O Porto agradece a quem lhe faz bem”, começou por explicar
Rui Moreira, que, nos Paços do Concelho, homenageou Sindika Dokolo.
“A atribuição da medalha é a expressão simbólica do reconhecimento de uma cidade que sabe agradecer aos que a elevam no plano nacional e internacional e aos que lhe confiam os seus mais preciosos bens”, continuou, referindo ainda:
“A Fundação Sindika Dokolo, e em particular o seu presidente, não escolhem qualquer cidade nem qualquer galeria para expor ao mundo obras tão preciosas e de valor artístico tão transcendente como as que agora podemos apreciar. Escolheram o Porto. E fizeram-no certamente por reconhecerem na cidade um palco do mundo.”
“O Porto agradece a quem lhe faz bem”, começou por explicar
Rui Moreira, que, nos Paços do Concelho, homenageou Sindika Dokolo.
“A atribuição da medalha é a expressão simbólica do reconhecimento de uma cidade que sabe agradecer aos que a elevam no plano nacional e internacional e aos que lhe confiam os seus mais preciosos bens”, continuou, referindo ainda:
“A Fundação Sindika Dokolo, e em particular o seu presidente, não escolhem qualquer cidade nem qualquer galeria para expor ao mundo obras tão preciosas e de valor artístico tão transcendente como as que agora podemos apreciar. Escolheram o Porto. E fizeram-no certamente por reconhecerem na cidade um palco do mundo.”
O homenageado, que estava acompanhado não só pela mulher como também pela mãe,
Hanne Taabbel Kruse, agradeceu timidamente a medalha:
“Quero partilhar convosco a minha gratidão por este gesto de forte simbolismo que me toca a mim, mas também à minha família e à minha equipa. Em nome do meu país, do meu continente e da minha geração, considero que esta distinção vai muito além de uma exposição de arte. É um gesto simbólico e corajoso que considero um ponto de partida, e não de chegada, para as parcerias que gostaria de ver entre a cidade do Porto, Luanda e o continente africano.”
Hanne Taabbel Kruse, agradeceu timidamente a medalha:
“Quero partilhar convosco a minha gratidão por este gesto de forte simbolismo que me toca a mim, mas também à minha família e à minha equipa. Em nome do meu país, do meu continente e da minha geração, considero que esta distinção vai muito além de uma exposição de arte. É um gesto simbólico e corajoso que considero um ponto de partida, e não de chegada, para as parcerias que gostaria de ver entre a cidade do Porto, Luanda e o continente africano.”
Da Câmara Municipal, o homenageado e a família seguiram para a Casa do Roseiral, no Palácio de Cristal, onde Rui Moreira ofereceu um cocktail que precedeu a inauguração da exposição.
Na presença de alguns dos artistas cujas obras integram esta mostra, mas também do executivo municipal e dos curadores
Suzana Sousa e
Bruno Leitão, o vereador da Cultura,
Paulo Cunha e Silva, inaugurou a exposição, que considerou ser
“uma viagem muito interessante que traz ao Porto a África contemporânea”.
Suzana Sousa e
Bruno Leitão, o vereador da Cultura,
Paulo Cunha e Silva, inaugurou a exposição, que considerou ser
“uma viagem muito interessante que traz ao Porto a África contemporânea”.
Mais à vontade, agora que o assunto era a sua coleção de arte, Sindika Dokolo voltou a expressar o seu agradecimento:
“Gostaria de encontrar as palavras certas para transcrever a plenitude da minha emoção e gratidão perante o gesto de consideração que a cidade do Porto me demonstrou.”
“Gostaria de encontrar as palavras certas para transcrever a plenitude da minha emoção e gratidão perante o gesto de consideração que a cidade do Porto me demonstrou.”
Na presença da comunicação social, e na semana em que Isabel dos Santos propôs uma fusão entre BPI e BCP, o empresário disse, em tom de brincadeira, que
“não faltarão alguns céticos que verão aqui os sinais de uma OPA mais ou menos amigável lançada sobre a cultura portuguesa”, provocando gargalhadas entre os presentes. E explicou que o comentário foi
“um piscar de olho para prestar uma homenagem particularmente vibrante à minha mulher, pela paciência e bondade que me permitem encontrar tempo e energia para me dedicar à minha paixão pela arte”.
“não faltarão alguns céticos que verão aqui os sinais de uma OPA mais ou menos amigável lançada sobre a cultura portuguesa”, provocando gargalhadas entre os presentes. E explicou que o comentário foi
“um piscar de olho para prestar uma homenagem particularmente vibrante à minha mulher, pela paciência e bondade que me permitem encontrar tempo e energia para me dedicar à minha paixão pela arte”.
Após a visita à exposição houve um jantar privado e institucional que terminou na Pousada do Freixo, onde decorria a festa com todos os que estiveram envolvidos na concretização desta parceria. Sindika Dokolo e Isabel dos Santos juntaram-se aos artistas e colaboradores presentes, mostrando-se acessíveis e descontraídos. No palco, a fadista
Ana Moura fez as delícias de todos, tal como o músico congolês
Lokua Kanza e o angolano
Daniel do Nascimento. Juntos, reinterpretaram alguns clássicos do cancioneiro angolano, como
Muxima e
Mbirin Mbirin. A festa prolongou-se pela noite dentro.
Ana Moura fez as delícias de todos, tal como o músico congolês
Lokua Kanza e o angolano
Daniel do Nascimento. Juntos, reinterpretaram alguns clássicos do cancioneiro angolano, como
Muxima e
Mbirin Mbirin. A festa prolongou-se pela noite dentro.