Aos 38 anos, Luana Piovani mantém a beleza singular da jovem loira, alta, de olhos verdes e traços suaves que encantou os telespectadores quando se estreou na minissérie Sex Appeal, em 1993. A personalidade forte, com atitudes e opiniões marcantes, também continua igual. Mas após nove anos de terapia, da qual teve alta, a atriz garante que a vida em família ao lado do marido, o surfista Pedro Vianna, de 26 anos, conhecido no meio por Scooby – que esteve em Portugal a disputar um campeonato de surf – e do filho, Dom, de dois anos, lhe trouxe a tão desejada serenidade. “Ser mãe tornou-me mais segura. Também estou menos ansiosa, mais seletiva, as coisas, para me incomodarem, têm de ser realmente sérias”, garante, na Ilha de CARAS. Na sua vida profissional Luana está igualmente bem resolvida e orgulha-se das escolhas que foi fazendo e que a tornaram uma das atrizes mais bem-sucedidas da sua geração. “Sou muito feliz na forma como consegui construir a minha carreira, variando entre a televisão, o cinema e o teatro. Acho que dei o passo do tamanho das minhas pernas, não sinto qualquer fracasso ou arrependimento”, conta Luana.
– Teve várias relações antes de conhecer o Pedro. O que é que significou o encontro com ele?
– O Pedro trouxe a paz que faltava à minha vida. Foi por isso que resolvi casar-me com ele.
– O que é que os 12 anos de diferença entre vocês significam na vossa união?
– Eu tenho mais maturidade, porque já tenho empresa, trabalho há anos, então, ajudo-o a ter um olhar mais tranquilo em relação à vida profissional, contratos e negociações com os patrocinadores. E o que é que ele me traz? Por ser atriz, dramática, tudo para mim é custoso, sofro muito… E o Pedro simplifica as coisas, é um grande dom: olhar para o tamanho de algo e vê-lo só daquele tamanho.
– O Pedro é surfista de ondas grandes… Como é que fica o seu coração quando ele está num campeonato?
– Quando a onda é realmente grande, fico agoniada. Mas não é algo que dure muito. Ele viaja e no dia da prova é tudo muito rápido. Ficamos apenas cinco horas sem nos falarmos. Rezo, mas confio no profissionalismo e no talento dele e em Deus. Tenho uma relação muito íntima com Deus. Ele gosta demais de mim. Por isso, protege o Pedro.
– O que é que o vosso filho tem de cada um de vocês?
– Ele tem uma personalidade vincada. É risonho, conversador, dança e canta, e nisso sai a mim. É tão engraçado… Tem um à-vontade enorme com a água, não dá para negar, está-lhe no sangue. Fisicamente, o Dom é bochechudo como eu, mas acho que está cada vez mais parecido com o pai.
– Já tem vontade de ter mais filhos?
– Depois da tournée da peça que estou a fazer, que termina em abril, vamos pensar nessa possibilidade. Gostei muito de ser mãe e tive uma gravidez ótima. Nada de enjoos ou dor de cabeça. Engordei só o suficiente, foi uma fase muito feliz.
– A sua autenticidade já a prejudicou como figura pública?
– Na verdade, não analiso isso. No início era mais difícil, porque ainda estava a começar e as pessoas ficavam um bocadinho assustadas com a minha maneira de levar a vida. Sou muito prática, sincera e verdadeira. Mas acho que agora todos já sabem quem eu sou e, quando estão próximos, já esperam mesmo essa atitude. Sabem que vão encontrar uma pessoa que diz o que pensa. Aplaudo o que admiro, mas também digo quando há coisas das quais discordo. E é isso, sou feliz com as escolhas que fiz, e quando deito a cabeça na almofada, estou tranquila. A vida que tenho fui eu quem a escolheu.
– Como é que lida com o passar dos anos?
– De uma forma natural. Estou satisfeita com minha imagem, com a qual me preocupo, e quando me olho ao espelho gosto do que vejo. Acho que, independentemente de ser atriz, seria assim, vaidosa. E quero continuar a ser quem sou: uma mulher de 38 anos que não parece ter 20, mas que está muito bem cuidada.
Luana Piovani: “Ser mãe tornou-me mais segura”
A atriz brasileira prepara-se para ser mãe pela segunda vez, de gémeos, fruto do casamento com o surfista Pedro Scooby.