Cortar o cabelo acima da linha dos ombros foi de longe a maior ousadia que Cláudia Vieira cometeu em termos de visual na sua vida adulta. Nos últimos anos, fez algumas mudanças de cor, experimentou vários tipos de penteados, mas nunca arriscara tanto em termos de autoestima: a atriz confessa que os cabelos longos funcionavam como uma espécie de talismã, já que os considera o seu ponto forte na perspetiva estética. A verdade é que ficou satisfeita com o resultado e desfilou segura e radiante na passadeira vermelha do Festival de Cinema de Cannes, onde esteve pelo segundo ano consecutivo a convite da L’Oréal, marca da qual é embaixadora. Foi logo depois de assistir à estreia do filme The Sea of Trees, de Gus Van Sant, com Matthew McConaughey e Naomi Watts, que conversou com a CARAS.
– Em que é que esta segunda visita ao festival tem sido diferente da do ano passado?
Cláudia Vieira – Em várias coisas. O facto de já ter noção de como é que o festival funciona fez-me chegar aqui com uma postura um bocadinho diferente. Da primeira vez foi tudo absolutamente mágico, deslumbrante, mas eu estava um bocadinho à deriva. Desta vez foi mais sereno. Voltei a sentir-me radiante naquela red carpet, mas pude desfrutar do festival de maneira diferente, já sabia o que era pretendido e pude aproveitar melhor. Realmente, este festival é incrível, e assistir ao filme ao lado da Jane Fonda, sentada mesmo à frente do elenco, foi uma experiência marcante.
– Seria bom estar aqui um dia como atriz de um filme participante…
– Seria a realização de um sonho! É uma honra estar aqui pela L’Oréal, mas vir pelo desempenho num filme seria um orgulho gigante… Sei que tenho um longo caminho a percorrer, mas porque não sonhar e achar que tudo é possível? É improvável, mas não é impossível. A vida dá muitas voltas…
– Por falar nisso, este corte de cabelo foi uma mudança drástica…
– Foi. Teve vários motivos: primeiro, e o mais importante, uma vontade gigante de mudar. Nestes últimos anos tenho feito alterações a nível de cor e sei o quanto sabem bem e nos fazem mudar um bocadinho de atitude. As mudanças são sempre positivas, trazem-nos outras coisas, e é o que pretendemos nesta vida: experienciar outras coisas. Esta era provavelmente a mudança que eu mais temia. Sinto-me muito mais confiante de cabelo comprido, sei que é o meu ponto forte. Mas ele está cá, continua a ser um bom cabelo, e eu tinha curiosidade de saber como é que iria funcionar. Já não tinha o cabelo acima da linha dos ombros desde os meus 11, 12 anos… Depois, além dessa necessidade de mudança, acho que é sempre uma opção positiva para uma atriz, ainda mais estando a sair de uma novela e a começar a outra. Por fim, porque é também uma aposta na saúde do meu cabelo, que já precisava deste corte.
– A opção de guarda-roupa foi também bastante diferente este ano.
– Sim. Foi um styling by Prada. Fui recentemente a Milão a convite da Prada. Tinham quatro propostas de vestidos para mim, e depois de escolher este, procurámos os sapatos e a clutch certos. E tudo ficou perfeito com o colar Chaumet, um desenho exclusivo que assenta que nem uma luva neste decote. Acho que foi uma boa aposta, gostei do resultado.
Cláudia Vieira feliz com o novo visual
A atriz voltou a desfilar no Festival de Cannes a convite da L’Oréal e surpreendeu com o seu corte de cabelo. O ‘styling’, da Prada, foi outra inovação: Cláudia sublinha que raramente aposta em decotes para ocasiões de gala.