Maria Barroso morreu esta madrugada, dia 7 de julho, no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa, onde se encontrava internada desde o passado dia 25, em estado de coma, depois de ter sofrido uma queda em sua casa. A notícia já foi confirmada oficialmente pelo hospital.
Natural de Olhão, Maria de Jesus Simões Barroso Soares nasceu no dia 2 de maio de 1925. Era a quinta de sete filhos do oficial do Exército Alfredo José Barros e da professora primária Maria da Encarnação Simões.
Foi aluna dos liceus D. Filipa de Lencastre e Pedro Nunes, em Lisboa, e formou-se em Arte Dramática no Conservatório nacional. Licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas, na Faculdade de Letras de Lisboa, onde conheceu Mário Soares, com quem se casou em 1949.
Foi atriz na companhia de Teatro Rey Colaço-Robles Monteiro, onde se estreou em 1944 com a peça Aparências, de Jacinto Benavente. No cinema, estreou-se em Mudar de Vida, de Paulo Rocha, e participou em três filmes de Manoel de Oliveira, Le Soulier de Satin, Amor de Perdição e Benilde ou a Virgem Mãe.
Foi diretora do Colégio Moderno, fundadora do Partido Socialista, primeira-dama de Portugal entre 1986 e 1996, presidente da Cruz Vermelha Portuguesa, sócia-fundadora e presidente da ONGD Pro Dignitate e da Fundação Aristides de Sousa Mendes.
Pragmática, Maria Barroso sempre foi uma mulher de convicções fortes, que lutou para concretizar os seus sonhos. Um deles era tornar o mundo um lugar melhor. “Gostava que o mundo deixasse de ser um sítio de violência, de intolerância, de um certo egoísmo. Gostava de ver um mundo de paz, solidariedade, de justiça… Um mundo que esteja impregnado daquela cultura do amor que falava o Papa João Paulo II “, revelava, há seis anos, Maria Barroso à CARAS. Um ano antes declarava à nossa revista: “ A solidariedade é a minha grande missão de vida.”
Morreu Maria Barroso
A antiga primeira-dama morreu esta madrugada, às 5h20, no Hospital da Cruz Vermelha