Herdou do pai a paixão pelos palcos e assume que seria muito difícil manter-se afastado da vida artística. 14 anos depois de ter subido a um palco pela primeira vez, na mítica sala de espetáculos Olympia, em Paris, Mickael Carreira tem vários motivos para se sentir feliz e privilegiado: cinco álbuns lançados, espetáculos esgotados, recordes na venda de discos e um contrato assinado com a Warner Music Latin, que o ajudará a conquistar o mercado mercado latino-americano. A CARAS marcou encontro com o cantor para ficar a conhecer um pouco melhor o músico que, em 2007, recebeu o Globo de Ouro de Revelação do Ano na categoria de Música.
– Esteve recentemente na Costa Rica e no México?
Mickael Carreira – Sim, estive uma semana no México e depois fui à Costa Rica, onde acabei por ser surpreendido porque a música Yo Puedo Esperar que dava numa novela lá, estava em primeiro lugar no top.
– Quer conquistar o mercado latino-americano?
– É um público muito carinhoso, que nos recebe realmente de braços abertos.
– Este ano vai lançar um disco em espanhol…
– Sim, porque felizmente consegui assinar contrato com a editora Warner Music Latin, em Miami. Sempre ouvi muita música em espanhol, de vários artistas, e com um dos quais tive oportunidade de trabalhar, o Enrique Iglesias. Portanto, sim, sempre o quis fazer, e para mim faz todo o sentido lançar um álbum em espanhol.
– Pegando nas letras do seu último álbum, Sem Olhar Para Trás, quem é que poderia “virar o seu mundo ao contrário”?
– Os meus fãs. Ultimamente tem acontecido tanta coisa na minha vida, sobretudo a nível profissional… Tenho tido a oportunidade de crescer como músico e de fazer aquilo que quero, e isso só é possível graças aos meus fãs.
– Como é que é para si “a mulher perfeita”?
– Tem que ter muito sentido de humor.
– O que é que prende a sua atenção numa mulher?
– O olhar e o sorriso.
– Como é que se supera um desgosto amoroso?
– Ultrapassando-o, simplesmente… Às vezes custa, mas é como tudo, temos de levantar a cabeça e seguir em frente.
– Já viveu um grande amor?
– Já vivi um grande amor, sim. Neste momento estou apaixonado pela vida e por tudo aquilo que ela me tem dado. Tenho uma família brutal e uns amigos fantásticos.
– Qual é o seu lema de vida?
– Ser feliz.
– Em que ocasiões é que mente?
– Não tenho por hábito mentir, porque não gosto que me mintam. Quando confio nas pessoas, espero que haja sinceridade da parte delas, portanto, faço exatamente o mesmo para com elas.
– Qual o seu maior medo?
– [pausa] Que tudo isto acabe…
– O quê?
– A vida que eu levo na música. Acho que isto é viciante… Gosto de estar em cima dos palcos.
– Quando os holofotes se desligam, o que é que gosta de fazer?
–Descansar. Ultimamente não tenho tido tempo… Gosto de estar em casa, ver um bom filme, ir ao cinema, sair com os amigos e beber um copo.
– E precisa de sair de casa disfarçado ou passa facilmente despercebido?
– Despercebido é complicado, mas nunca fui de me esconder. No dia em que as pessoas deixarem de falar comigo na rua, começo a ficar preocupado. É sinal de que as coisas estão a correr mal. Mas faço um dia-a-dia normal.
– Qual a sua maior extravagância?
– Roupas, provavelmente. Apesar de às vezes não ter muita paciência para ir ver lojas, gosto de experimentar e comprar roupa.
– E leva companhia ou prefere fazer compras sozinho?
– Depende. Tenho uma pessoa que me ajuda com tudo o que está relacionado com concertos e ações de promoção. Quando é para mim, gosto de ir às lojas escolher aquilo de que gosto.
– Que qualidades aprecia mais numa mulher?
– O sentido de humor. E que seja divertida, descomplicada…
– Costuma arrepender-se do que deixou por fazer ou prefere arrepender-se de algo que fez e correu mal?
– Prefiro arrepender-me do que fiz. Acho que não há nada pior do que dizer ‘não fiz aquilo que devia ter feito’.
– Acontece com frequência cometer erros?
– Felizmente, não. Eu nunca erro! [risos]
– Pondera muito antes de tomar uma decisão?
– Por acaso, sim. Acho que isso também tem a ver com a idade. Com a idade vamos ganhando experiência e acabamos por pensar mais nas coisas antes de tomar uma decisão.
– Como é que se imagina daqui a cinco anos?
– A fazer aquilo de que gosto, que é cantar.
– E espera constituir família um dia ou, para já, não faz parte dos seus planos?
– Espero, sim. Apesar de não ter muito tempo, acho que é muito importante ter tempo também para isso. Não digo que seja num futuro próximo, mas é algo que eu quero.
– É fácil convencer alguém a acompanhar o seu ritmo de vida?
– Não é fácil encontrar alguém que esteja ao nosso lado e consiga entender a vida de um artista que está sempre a viajar.
– Mas não é impossível…
– Não há impossíveis.
– E neste momento tem alguém que o acompanha e com quem faz planos…
– Sim, a Laura. Mas isso já não é segredo…
– A vossa relação tem três anos…
– Gosto de proteger a minha vida privada. Sempre o fiz e vou continuar a fazê-lo.
– É a primeira vez que assume uma relação. É obviamente um relacionamento sério…
– Sim, caso contrário não estaria a falar dela.
– Alguns meios de comunicação chegaram a publicar que a Laura estaria eventualmente grávida…
– Não comento esse tipo de notícias.