Fomos com Cláudia Vieira até Cannes, por ocasião do Festival de Cinema, onde a atriz foi convidada enquanto embaixadora da L’Oréal Paris. O ponto de partida para esta entrevista foi, como é óbvio, a sua segunda visita à cidade, mas depressa a conversa se estendeu ao campo mais pessoal, e Cláudia falou da sua vontade de ser mãe outra vez e das “aventureiras” férias de caravana que vai fazer com a filha, Maria, de cinco anos.
– Esta foi a segunda vez que pisou a red carpet do Festival de Cannes. Já não ficou tão deslumbrada como da primeira vez…
– Não teve a mesma força, mas voltei a sentir toda a adrenalina, voltei a sentir-me especial. E, como já sabia ao que ia, acabou por se tornar uma ida ainda mais aproveitada, saboreei tudo e tive uma agenda muito cheia e contada ao minuto.
– Foi também a primeira e única portuguesa vestida pela Prada!
– Sim, foi mesmo especial ter sido escolhida pela Prada para usar um dos seus vestidos, eles não vestem qualquer pessoa. Quando fomos a Milão escolher o vestido, a stylist da marca também nos explicou isso, o quão seletivos são, e disse-nos que foi a primeira vez que vestiram uma portuguesa e isso deixou-me muito orgulhosa. As joias que usei da Chaumet também foram um exclusivo, a diretora do departamento de celebridades foi ter comigo ao hotel em Cannes para me mostrar as opções. Portanto, não havia como não me sentir uma estrela este ano.
– Depois de Cannes, celebrou os seus 37 anos. A idade já é um assunto para si?
– Acho que já está na hora de pensar que sim, mas na verdade, se pensar nos projetos e nas coisas que quero vir a fazer, não sinto o peso da idade, pois a nível de energia, de entrega e até mesmo de imagem ponho tudo em cima da mesa da mesma forma como punha aos 30 anos.
– Aos 20 como achava que ia estar aos 30 e muitos anos?
– Sou muito de viver o dia-a-dia, mas imaginava que provavelmente aos 37 já seria mãe de mais filhos, sempre foi uma coisa que quis muito. A vida é mesmo assim, é ir-se vivendo. Se calhar, se tivesse mantido a minha relação de sempre, já teria tido mais filhos. Já o casamento nunca foi uma coisa que desejasse muito, valorizo muito mais a maternidade. Por outro lado, sempre fui muito independente e imaginei que sempre o seria e neste momento tenho a minha vida, a minha filha, a minha casa, o meu cão, os meus amigos, o meu trabalho…
– Grande parte das mulheres sonha casar-se e numa altura em que tem visto algumas amigas subirem ao altar, não fica com vontade?
– Não. Emociono-me imenso, porque sou uma lamechas nessas coisas, valorizo imenso o lado emocional, ver duas pessoas felizes num momento de partilha, mas se me perguntares: “Desejas isso para ti ou lamentas não teres casado?” A resposta é não, foi sempre uma opção minha.
– Acha que já está a ficar tarde para ter mais filhos?
– Começa a ficar, apesar de hoje em dia podermos ser mães até aos 40 e muitos. Mas queremos acompanhar os nossos filhos com uma certa vitalidade e agilidade, energia… e depois começa a tornar-se complicado. Tive a minha filha aos 31 anos e queria ter sido mãe antes dos 25, mas não fui e não sou menos feliz por isso. Gostava de ser mãe outra vez, quero muito ter uma família grande, mas se não for diretamente com filhos meus, tenho os filhos dos meus irmãos – o meu irmão já tem dois e a minha irmã vai a caminho do segundo, portanto, a minha casa é de família grande na mesma. Nem sempre as coisas correm como idealizamos aos 20 anos, mas isso não quer dizer que seja pior do que aquilo que imaginámos. Adorava que a Maria tivesse irmãos, porque eu adoro ter irmãos, tenho uma relação ótima com eles, conto com eles para tudo… Mas a Maria também é um bocadinho filha dos meus irmãos e os filhos dos meus irmãos também são meus, por isso, sozinha ela nunca vai estar e isso já me tranquiliza bastante.
– Gostava de ter outro filho, mas não vive obcecada com isso, pois não?
– Não, nem pensar. Nós nunca sentimos que é a altura certa para ter filhos, há sempre muitas questões, mas acho que têm de estar reunidas uma série de condições e certezas dentro de ti para dares um passo desses e eu jamais me precipitaria só pelo objetivo de ter filhos.
– E já tem todas as condições reunidas para isso?
– Não.
– Tem uma relação estável com o empresário João Alves…
– Não vou falar sobre isso.
– Surgiram fotos vossas no Algarve e é costume dizer-se que contra factos não há argumentos…
– Vim de uma relação de nove anos com uma exposição extrema e sendo eu uma pessoa discreta, que não abre a porta da sua casa, que nunca combinou um paparazzo, que nunca mostrou a filha à imprensa… porque é que agora, terminada essa minha história, tenho de falar mais da minha vida privada? Só estou a manter-me fiel àquilo que sempre fui e acho que estar ou não com alguém não é um assunto que tenha de falar. Não me escondo, vivo a minha vida, estou com os meus amigos, a minha família em todo o lado, agora não exibo o meu lado pessoal ou privado.
– Mudando então de assunto, quando vai de férias?
– Estou oficialmente de férias e tenho já várias coisas programadas. Custa-me estar a sair do nosso país no verão, pois temos praias e recantos maravilhosos, por isso, vou levar a Maria a conhecer as nossas ilhas, Madeira e Açores, e depois vamos andar de caravana pelo país, vai ser muito divertido. Mas ainda não lhe contei, vou esperar até ter tudo preparado e organizado logisticamente, mas tenho a certeza de que vai amar estas nossas férias aventureiras! Vão ser umas férias muito a duas, apesar de irmos tendo a companhia de um ou outro amigo.
Cláudia Vieira confessa: “Imaginava que aos 37 anos já seria mãe de mais filhos”
Dias depois desta entrevista, Cláudia Vieira foi de férias com a filha, Maria. Foram três semanas de aventura, a começar pelos Açores e pela Madeira.
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