Isabel Figueira abraça a vida com força. Nada lhe pode fugir, muito menos a felicidade. E se a sua é importante, a felicidade dos filhos – Rodrigo, de nove anos, do seu casamento com o futebolista César Peixoto, e Francisco de dois, da sua relação com o empresário João Sotto Mayor – é ainda mais. Eles são o seu pilar e, como diz nesta entrevista, a melhor “decisão que tomei na vida”. Mais contida mas não menos frontal, aos 35 anos a modelo, apresentadora e atriz diz estar a passar por um momento mais reservado e confessa que construir um casamento para a vida é um sonho do qual ainda não desistiu. A chegar ao fim de mais um ano é tempo para balanços.
– Temos o Natal à porta. Como é que vive esta época?
Isabel Figueira – Com muita alegria. Os meus filhos fazem-me lembrar o quanto era bom ser criança e o quanto era boa esta altura. E é uma ótima oportunidade para juntar a família e refletir sobre o ano que passou.
– Se tiver de fazer um balanço do ano, é positivo?
– Dentro das felicidades e infelicidades dos últimos anos, sinto que sou uma privilegiada pela vida que tenho. Tenho dois filhos maravilhosos, cheios de saúde, tenho saúde, tenho os meus pais ao meu lado, tenho amigos insubstituíveis, tenho feito várias campanhas publicitárias, entre as quais Just Cavalli, Mafalda Leitão, Ornare e Vivian Grey, voltei a fazer desfiles, fiz a novela Os Nossos Dias, que ainda está a dar na RTP, e ponho música, que é um hobby que adoro.
– E emocionalmente? Vive um amor que não lhe apeteça confessar?
– Vivo um amor incondicional pelos meus filhos, sou uma mulher apaixonada pela minha vida. Tornei-me mais egoísta e a minha vida privada só a mim diz respeito. O que é público é o meu trabalho.
– Mas houve tempos em que expôs a sua vida sentimental. Teve algum dissabor?
– Sim. E neste momento não quero expor a minha vida, os meus filhos… Eles são o que mais me faz mais feliz, o meu pilar. E não me apetece partilhar nada neste momento.
– Se voltar a viver um grande amor, acha que vai conseguir não o expor?
– Se voltar a viver um grande amor, de certeza que não irei expô-lo. Não vou esconder, mas todos nós aprendemos na vida…
– Acha que foi o facto de ter partilhado esses momentos que a fez sofrer?
– Já sofri com muitas coisas. Não me arrependo de nada, foram esses erros que me fizeram a mulher que sou hoje. Admiro-me muito e tenho ao meu lado pessoas que me admiram, que sabem que sou uma lutadora, que não baixo os braços perante nenhuma adversidade, estou de mangas arregaçadas para lutar pelo que quero. Simplesmente, há coisas pelas quais não quero voltar a passar e por isso protejo-me um bocadinho. Nos últimos anos tem-se falado mais do meu trabalho do que da minha vida privada e isso agrada-me…
– Não posso deixar de lhe perguntar se já viveu o seu grande amor…
– [silêncio] É difícil responder a isso e acho que vou poder fazê-lo com mais certezas daqui a 40 anos. Mas talvez já tenha vivido, sim.
– O que é que pretende encontrar noutra pessoa com quem pense construir a sua vida?
– Quero ao meu lado uma pessoa que me dê estabilidade e que me respeite, acima de tudo. Que ame os meus filhos e que os trate com carinho e proteção. Quero sentir-me amada e ter uma pessoa fiel ao meu lado, porque isso significa sentir-me única e fazer com que me sinta especial, que é o mais importante.
– Fala em fidelidade. Já foi traída?
– Infelizmente já e isso magoa-me e marca-me muito. É uma coisa que nos marca para a vida. As traições provocam inseguranças, as inseguranças provocam medo e o medo encobre a felicidade. Por isso, a pessoa que quero ter ao meu lado, além daquelas características, tem de me trazer tudo isso de volta. Não há nada mais bonito do que uma mulher segura, feliz e com confiança.
– Como é que se ultrapassam esses medos e inseguranças?
– São marcas que ficam. Não estou a dizer que temos de desconfiar de toda a gente, mas de certa maneira já se entra numa relação de pé atrás.
– Já traiu alguém?
– Não! Assumo que sou mulher de um homem só. E sinto que quero voltar a casar-me. Deixou-me alguma frustração duas relações, com filhos, que não deram resultado, mas a vida continua e continuo a acreditar e a lutar pela felicidade.
– Com um casamento que terminou e um noivado que não chegou ao casamento, não tem medo de voltar a dar esse passo?
– Tenho algum. Não será de ânimo leve que me casarei ou que terei mais filhos. Serão passos muito pensados, mas acredito muito nisso.
– Casar-se é um desejo para 2016?
– [risos] Nem para 2017, nem para 2018. Estou muito focada no meu trabalho, em mim e nos meus filhos.
– Os seus filhos são o melhor da sua vida e de certeza o que de melhor resultou de dois relacionamentos…
– Os meus filhos foram as minhas melhores opções, as melhores decisões da minha vida. Trouxeram-me muita maturidade e outra forma de encarar as coisas. Tenho um forte relacionamento com eles e sinto-me uma mulher muito mais completa.
– Preocupa-se com o que dizem de si?
– Não me preocupo, mas às vezes fico triste com algumas coisas que dizem de mim, vindas de pessoas de quem eu nunca esperei. Magoa-me, mas tenho aprendido a gerir isso. Importa-me é a pessoa que sei que sou.
– A sua frontalidade alguma vez lhe trouxe dissabores?
– Sim, mas também já fui mais impulsiva a dizer o que penso. Hoje sou um bocadinho mais contida, embora não deixe de o fazer. Sempre fui verdadeira e gosto de trabalhar com a verdade.
Isabel Figueira: “Se voltar a viver um grande amor, não irei expô-lo”
No Castelo da CARAS, a apresentadora e modelo fez um balanço destes últimos anos e partilhou alguns dos seus sonhos.
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