Rogério Samora conhece os meandros da representação há 38 anos e assume a vontade de abrandar o ritmo e de experimentar coisas novas. “Quero fazer as minhas coisas, começar a realizar e a produzir. Agora durante um período que tive mais introspetivo cheguei à conclusão que é melhor morrer com a vergonha, no sentido de ter vergonha de ter feito mal ou daquilo não ter corrido como queria, do que morrer com a palavra pena de não ter feito. Isso, sim, é horrível. Morrer com pena de não ter vivido. Por isso estou decidido a dar um passo para trás das câmaras. Além disso, sabe-me bem estar comigo. Passei muito pouco tempo comigo na minha vida, e com os meus amigos, e com a minha família e isso depois paga-se caro e de muitas formas – a solidão, a pouca disponibilidade – e quero tentar recuperar isso”, revelou o ator à CARAS, durante a inauguração da livraria Letters Matters. Mas, por enquanto, Rogério Samora está a gravar a nova novela da SIC, Amor Maior, vai fazer um filme ainda este mês e pretende regressar ao teatro. “A minha ideia é fazer um monólogo este ano, outro para o ano e outro no ano a seguir, para recuperar rapidamente a ausência de palco. Começam-se a criar alguns receios de voltar”, assumiu.
Rogério Samora quer apostar na realização
“É melhor morrer com a vergonha do que com pena de não ter feito”.