Criados entre 1924 e 1981, cerca de 80 quadros do pintor catalão Joan Miró que integravam a coleção do BPN – e que, depois de quase terem sido leiloados, acabaram por ficar na posse do Estado português – estão desde o último dia 30 em exibição na Casa de Serralves, no Porto. Edifício modernista que, soube-se agora, será a sua residência definitiva, depois de algumas adaptações a ser feitas por Álvaro Siza Vieira. Satisfeito com a decisão, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, defendeu: “Esta coleção notável, coerente e indissolúvel não poderia ficar em melhor lugar do que aqui na Casa de Serralves.”
A inauguração reuniu todos os que lutaram para que as obras não fossem vendidas, altas figuras do Estado e da sociedade portuguesa e o presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, que considerou este “um dos maiores acontecimentos culturais deste ano na Europa”.
Rajoy, Marcelo e Costa visitam Joan Miró na sua nova casa, Serralves
Comissariada por Robert Lubar Messeri e com projeto de Álvaro Siza Vieira, a exposição “Joan Miró: Materialidade e Metamorfose” pode ser vista até 28 de janeiro. Depois, a Casa de Serralves será adaptada por Siza para acolher em definitivo as 85 obras de Miró que pertenciam à coleção do BPN.