Chegou ao ‘palco’ segura, como sempre o faz. Roupa escolhida a dedo, penteado a condizer e o rosto impecavelmente maquilhado pareciam ser a ‘armadura’ perfeita. Contudo, mal começou a falar sobre o seu Sentir, o livro de memórias que apresentou primeiro no Palácio Foz, em Lisboa, depois no Edifício da Alfândega do Porto, Cristina Ferreira comoveu-se, não tentando esconder as lágrimas ou as emoções. E é destas contradições de que é feita: uma mulher forte, que luta diariamente para realizar os seus sonhos, mas também frágil; uma das personalidades mais mediáticas da televisão que continua a ser reservada, mantendo para si aqueles que ama e as histórias que vive dentro de casa; alguém com vontade de conquistar o mundo, mas cujos pés estão bem presos à terra que a viu crescer. É esta mulher, que se mistura todos os dias com a apresentadora, que se revela nestas memórias. “Chorei hoje aquilo que não chorei quando estava a escrever este livro. Não me impus limites e escrevi exatamente o que queria. O que gostava de passar aos outros resume-se a esta frase: “Não sou mais do que gente normal à procura do sonho”, explicou. E há sonhos pelos quais continua a lutar. Apesar de estar perto dos 40, a apresentadora admite que ainda não abriu mão de um dia subir ao altar: “O meu maior sonho, que era também o da minha mãe, é o de me casar. A minha mãe tem 62 anos e nunca se casou. E eu digo: “Será esta a herança da minha mãe que não consigo contrariar?” Mas, sendo eu a mulher dos sonhos, não posso desistir deles. Continuo a acreditar que um dia tudo vai acontecer da forma como sonhei, com o meu pai a dar-me o braço e eu caminhar para a pessoa que a vida escolheu para ser o meu companheiro.”
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