Foi na época natalícia, no passado dia 26 de dezembro, que Zé Manel foi surpreendido com a notícia da morte prematura do pai, que tinha 55 anos. “Fomos todos surpreendidos, mas é o ciclo da vida. Não podemos controlar tudo nem premeditar, portanto, agora é um dia de cada vez. São coisas que nunca passam, mas que trabalhamos todos os dias para nos habituarmos a conviver com elas, neste caso com a ausência”, disse o cantor à CARAS no evento de apresentação do filme As Cinquenta Sombras Mais Negras. Músico e compositor, é precisamente no processo criativo de escrita que Zé Manel – que usa o nome artístico de Darko – encontra forma de tentar ultrapassar as mágoas. “A minha arte é terapêutica, é a minha forma de exorcizar coisas que não sei digerir tão bem e que acontecem a qualquer ser humano. Outras pessoas preferem falar com um amigo ou fazer desporto. Eu preciso de escrever sobre as coisas que não sei compreender para eu próprio as analisar. É a minha forma de funcionar e, sim, se não fossem certas circunstâncias da minha vida, como esta, que me magoam, que me marcam, que mexem com os meus alicerces, se calhar não escreveria. Tenho noção de que a minha arte é um bocadinho masoquista, mas preciso de passar por essas situações para escrever”, admitiu.
Zé Manel tenta ultrapassar a morte do pai
Na apresentação do filme ‘As Cinquenta Sombras Mais Negras’, em Lisboa, o músico, de 28 anos, disse ter sido surpreendido com a morte prematura do pai, que tinha 55 anos.