Há quem seja feito da mesma matéria que os sonhos. Cláudia Semedo, por exemplo. O sorriso doce, a ternura genuína e a vontade imensa de melhorar o mundo deixam antever a essência de uma comunicadora nata, que usa o seu trabalho como ferramenta transformadora de consciências. “Há uma grande necessidade em mim de transformar o mundo com a minha arte. E é a fazer trabalhos que alertam consciências que sou verdadeiramente feliz. Se não fizer este tipo de coisas, morro um bocadinho”, admite a atriz e apresentadora, que colabora com a Associação Corações com Coroa numa peça de teatro que vai às escolas e que aborda temas como a violência no namoro e a gravidez na adolescência. Entretanto, e paralelamente ao trabalho que faz no canal Panda e que lhe permite cumprir a vontade de trabalhar para a filha, Alice, de quatro anos, Cláudia está a preparar um projeto multiplataformas da sua autoria. Além disso, acaba de abraçar um dos maiores desafios da sua vida: a presidência da direção da Companhia de Atores. “É uma missão. Estou muito contente e acho que chegou na altura certa”, sublinhou. Casada com João Ribeiro há quase cinco anos, Cláudia tem conseguido viver um equilíbrio a todos os níveis e a luz que irradia é a prova disso.
– Hoje é a mulher que sempre sonhou ser?
– É um caminho. Acho que aos 50 chego lá [risos]. Estou mais consciente da mulher que quero ser, mas ainda não a sou plenamente. Falta-me ser totalmente livre. Ainda há algumas coisas que me condicionam nas minhas escolhas e acho que quando atingir essa liberdade vou ser a mulher que quero. Mas ainda tenho muito medo de magoar, muitas vezes fico a meio caminho do que quero dizer, ainda sou muito polida e acho que preciso de encontrar uma assertividade maior.
– Como é que têm sido estes quatro anos de Alice?
– Muito intensos, com tudo o que o amor tem. Equilibrar a responsabilidade e a liberdade que lhe quero dar, mas que deixa o meu coração apertadinho. Foi fundamental para mim a Alice ter nascido, porque ser mãe e ter de ser eu a fazer as escolhas dela obrigou-me a olhar muito mais para dentro, e obrigou-me a perceber melhor quem eu era, o que verdadeiramente pensava sobre as coisas. Porque ao educares um ser, és obrigada a pensar na imagem que estás a refletir.
– O amor que partilha com o João saiu fortificado com o nascimento da Alice?
– Sim. Ficámos a conhecer-nos muito melhor depois de sermos pais. Vemos a outra pessoa em estado cru e felizmente conheci coisas que me fizeram igualmente apaixonar-me por ele. Unimo-nos muito e a relação é muito sólida. Mas também sempre foi. Quisemos muito casar por isso, porque temos mesmo um projeto a dois.
Leia esta entrevista na íntegra na edição 1122 da revista CARAS.
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Veja o vídeo de ‘making of’ da sessão fotográfica que acompanha esta entrevista: