Terminadas as férias em Lisboa que lhe permitiram matar saudades da família e dos amigos depois de uma longa temporada no Brasil, Ângelo Rodrigues prepara-se para partir em viagem com a irmã. Antes, marcou encontro com a CARAS. De sorriso rasgado e uma simpatia extrema, o ator contou que está de bem com a vida e que sente que finalmente se encontrou. Despretensioso e cada vez mais preocupado com o interior, Ângelo referiu que a aventura que tem vivido no Brasil e o mês de voluntariado que fez em Moçambique, com a organização não-governamental de ajuda humanitária Helpo, foram fundamentais na busca do seu ‘eu’.
Separado de Iva Domingues desde maio do ano passado, o ator admite que esta sua necessidade de mudança pode ter influenciado o fim da sua relação.
– Estas férias de Natal foram prolongadas…
Ângelo Rodrigues – Sim, ainda estão a ser. Foi muito bom, porque já não estava com a minha família há muitos meses. Apesar de ser um filho ‘desnaturado’, é bom que eles ainda se lembrem de mim [risos]. Acho que ganhei alguns créditos [risos].
– E já vai partir outra vez…
– Sim, vou atravessar a China de comboio e vou ao Tibete. É a primeira viagem que faço com a minha irmã e acho que vai ser giro. Vamos ver se corre bem ou se nos matamos um ao outro [risos].
– As viagens são uma constante na sua vida.
– Sim, sempre que posso. Sempre tive um desejo inato de viajar e conhecer o mundo. Acho que vou à procura disso. Gosto de me desligar das coisas materiais e de viver experiências que me arrebatam e com as quais ganhe alguma coisa. Substituir a riqueza material pela espiritual.
– E depois, o que se segue?
– Vou regressar a Lisboa para fazer a segunda temporada da série da RTP Ministério do Tempo. É o que me vai ocupar nos próximos meses.
– E o Brasil, onde fica?
– Vou estando entre cá e lá. Tenho feito alguma formação lá para melhorar a minha pronúncia carioca e tem sido muito bom lá estar. Conheço outros profissionais da área, outras formas de trabalhar, outros métodos e, acima de tudo, o Brasil tem-me ajudado a tornar-me uma pessoa menos reservada, tímida e introvertida. Quero acreditar que o Brasil me tem ensinado muita coisa.
– A crescer, até?
– Completamente. Mas é um processo solitário… Começa-se do zero, há que fazer uma nova rede de contactos, amigos novos e isso obriga-me a desenvencilhar-me de uma forma diferente do que se estivesse no meu próprio país e na minha zona de conforto. Ganhei um grande respeito pelos emigrantes, porque senti na pele o que eles sentem.
– Estar solteiro ajudou nesse enriquecimento, já que acabou por ter mais tempo para si?
– Deu para me voltar a apaixonar-me por mim e a orgulhar-me da pessoa em que me quero tornar, tenho trabalhado arduamente para isso.
Leia esta entrevista na íntegra na edição 1122 da revista CARAS.
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Vídeo de ‘making of’ da sessão fotográfica que acompanha a entrevista: