Dona de um estilo muito próprio, Raquel Strada foi eleita a mulher mais elegante

Raquel Strada não gosta de ser o centro das atenções, mas não o conseguiu evitar neste cocktail em que soube que tinha sido eleita a mulher mais elegante de Portugal. Com o seu ar doce e descontraído, agradeceu o prémio, completamente surpreendida, e mostrou, uma vez mais, porque é que este título lhe assenta tão bem.
– Parece realmente surpreendida com a vitória…
Raquel Strada – Foi uma surpresa muito grande, sim. Não estava nada à espera. Não sou muito competitiva, só o facto de estar nomeada já me deixou feliz. Mas ouvir o meu nome soube-me bem. Sinto-me feliz e muito agradecida. Quero acreditar que isto é o reflexo do meu trabalho e de tudo o que tenho feito através do meu blog, Blue Ginger. Até porque a elegância é uma atitude, vem de dentro para fora.
– A quem vai ligar primeiro a contar que ganhou?
– À minha mãe, porque tenho a certeza de que ganhei por causa dela [risos], e depois ao meu marido. Ele está sempre a dizer que eu sou a mais gira. O Joaquim tem uma paciência de santo e apoia-me muito. Estimula-me cada vez mais a não ter medo e a arriscar, e tudo isto me deixa muito feliz.
– Tem sido fácil conciliarem a vida a dois com as suas viagens frequentes [para alimentar o blog], ou nunca será fácil gerir estas ausências?
– No início era mais fácil do que é agora, porque estava metida na engrenagem e a coisa ia, agora custa-me um bocadinho mais. Mas é o meu trabalho. E durante os próximos tempos é isto que vou estar a fazer. Pode ser que um dia mais tarde as coisas mudem um bocadinho. E vão mudar, de certeza absoluta. Mas o meu blog ainda não tem um ano, portanto, tenho que continuar a trabalhar e a fazer o melhor pelo meu caminho profissional. Agora é trabalhar, trabalhar, trabalhar, daqui a uns tempos, logo se vê. Mas gerimos bem tudo isto, o Joaquim é muito compreensivo e eu também sou. Acho que foi um match made in heaven, conhecemo-nos na altura certa.
– Na verdade, por causa do seu blog, está cada vez mais ligada ao mundo da moda e chegou há poucas horas da semana de moda de Londres. Como têm sido estas experiências?
– Estar em Londres foi incrível. A moda lá é mais contemporânea, mais edgy, é como a própria cidade. É uma semana da moda completamente diferente das outras. Milão é mais noite, mais glamour, mas o glamour extremo é Paris. É muito bom ir à semana de moda de Paris.
– Já se considera uma it girl?
– Não. Fico feliz por falar de moda e por escrever sobre moda e as pessoas gostarem. Aquilo que sinto é que as pessoas dão importância ao que digo e ao que visto. Mas não é por isso que sou uma it girl. No meu caso, acho que as pessoas vão atrás dos conteúdos e fico contente por acreditarem naquilo que escrevo. Em relação ao blog, sou muito fiel às coisas com as quais me identifico, não faço nada por publicidade. E acho que isso é o principal.
– O que é que o seu estilo nos revela sobre si?
– Neste momento sou uma mulher muito mais confiante e muito mais feliz. E isso reflete-se na escolha da minha roupa, porque gosto de cor. Mas tenho confiança para fazer outro tipo de coisas que não tinha antigamente. Não tenho necessidade nenhuma de provar nada com a minha roupa. A roupa é uma continuação de mim. Gosto de estar bem, mas discreta, porque não gosto de ser o centro das atenções.
– Essa confiança de que fala não anulou as inseguranças?
– Não, tenho imensas inseguranças, mas tento camuflá-las de alguma maneira. Vou buscar segurança à minha família, aos meus amigos, que me protegem de alguma forma. O truque é conheceres-te bem, porque assim consegues defender e proteger as tuas inseguranças, consegues não mostrar as tuas fragilidades.