Júlia Pinheiro está a ser hoje ouvida em tribunal como testemunha no processo em que Bárbara Guimarães acusa Manuel Maria Carrilho de violência doméstica. Declarou a diretora de Entretenimento e Lifestyle da Impresa que as entrevista de Carrilho sobre a ex-mulher são “profundamente atentatórias do bom nome da Bárnara enquanto mulher e enquanto mãe. Foram um assassinato de caráter com palavras ofensivas e danosas para a Bárbara”.
Na opinião da apresentadora do programa da SIC Queridas Manhãs, “tudo o que foi dito nas entrevistas foi grosseiro e, sobretudo, violento e nada expectável. Não tenho a menor dúvida de que ele [Carrilho] soubesse exatamente que cada uma daquelas palavras eram punhais”. E prosseguiu: “As entrevistas na televisão foram devastadoras, porque era uma pessoa de viva voz a abrir a porta da sua intimidade de forma obscena. Creio que isto nunca deixará de ter efeito na imagem pública da Bárbara. Deixam-na fragilizada para todo o sempre. Já para não falar da mágoa que deve ter como mulher.”
Júlia Pinheiro acredita mesmo que por detrás de toda a estratégia de vingança de Carrilho há um único objetivo: “Obter a tutela dos dois filhos. Porque se a Bárbara perder a tutela, ele sabe que, para a sociedade, ela falhou enquanto mãe e mulher.” E sublinha: “A vida profissional da Bárbara está maculada por este processo. Atrevo-me a dizer que nunca recuperará.”
No decorrer das questões colocadas a Júlia Pinheiro em tribunal, a apresentadora garantiu que Bárbara Guimarães “era uma pessoa luminosa” antes de tudo isto acontecer. Hoje, “transformou-se numa mulher temerosa, receosa, que faz um esforço claro quando tenta interagir. Não tenho pudor em dizer que este processo destruiu-a emocionalmente. É de uma enorma gravidade”, sublinhou.”Uma das coisas de que tenho mais tristeza é que os danos feitos à sua alegria e segurança não conseguem ser reparados”, acrescentou a apresentadora.
Questionada sobre os efeitos que as acusações proferidas publicamente por Manuel Maria Carrilho terão tido na carreira de Bárbara Guimarães, Júlia Pinheiro foi peremptória: “Depois de repetidas muitas vezes as mesmas afirmações, o público reage com dúvida. O público tem hoje sobre a Bárbara uma dúvida sistemática que anula tudo. Se a ligação com o público for quebrada, sendo este um elo mágico, as chefias reconsideram a possibilidade de atribuir determinado programa a determinado apresentador. Hoje, a Bárbara será, provavelmente, a última hipótese na escolha de apresentadores. Ela foi preterida em diferentes situações”.
Após o advogado de defesa de Bárbara Guimarães, Pedro Reis, lhe ter perguntado se queria acrescentar alguma coisa ao que já tinha dito em tribunal, Júlia Pinheiro aproveitou a oportunidade para frisar que tem “muita pena que uma família se tenha desintegrado desta maneira e que tenha sido um dos cônjuges que não tenha tido o discernimento de solucionar os desentendimentos com a mulher sem expor os filhos”. Júlia Pinheiro garantiu, ainda, que foi testemunha das várias marcas e nódoas negras que Bárbara Guimarães começou a ter, de forma sistemática, nas pernas.