Na edição da revista norte-americana ‘Elle’, Anne Hathaway reflete sobre o marido e o casamento de quatro anos.
“Ele mudou a minha capacidade de estar confortável no mundo”, diz. “Acho que a narrativa aceita agora é que nós, mulheres, não precisamos de ninguém. Mas eu preciso do meu marido. O seu amor único mudou-me.”
Na entrevista, a atriz fala também sobre passar os próximos quatro anos como Embaixadora da Boa Vontade das Nações Unidas na defesa pela licença parental paga nos Estados Unidos, e diz que ter o seu filho, Jonathan Rosebanks, foi o que lhe deu vontade de se envolver.
“Nem consigo acreditar que ainda não temos [licença parental paga]” disse Hathaway. “Quando o Johnny tinha uma semana e eu o segurava e estava em êxtase, de repente pensei ‘a culpa da mãe é um absurdo inventado.’ Somos encorajados a julgar-nos mutuamente, mas devíamos focar-nos nas pessoas e instituições que deviam apoiar-nos e neste momento não apoiam.”
Recentemente, a atriz partilhou a primeira foto do bebé de quase um ano nas redes sociais depois do seu discurso para as Nações Unidas sobre a licença parental no dia Internacional da Mulher. Os Estados Unidos oferecem às mães 12 semanas de licença não paga. “De alguma forma é esperado que regressemos ao trabalho normalmente em menos de três meses, sem rendimentos”, disse no discurso.
Ainda na mesma entrevista, Anne Hathaway fala sobre outro assunto importante para si – a desigualdade de géneros em Hollywood. A atriz participa na versão feminina de ‘Ocean’s 8′, o que a fez perceber como se sentia diferente no estúdio rodeada de mulheres pela primeira vez.
“Hollywood não é um lugar de igualdade. Não digo isso com raiva ou julgamento, é um facto estatístico. E mesmo que já tenha estado em alguns filmes centrados em mulheres, nunca estive num filme como este. Este torna-te alerta para as formas como inconscientemente mudas para encaixar em certos cenários.”
“Não é melhor nem pior, nem certo ou errado”, clarifica. “Mas há certas coisas que percebes sobre os outros pelas experiências que têm em comum… provavelmente é fácil para os homens tomarem isso como garantido. Apenas estar num cenário onde eu sou quem tem essa facilidade é realmente alguma coisa. É uma boa alternativa à narrativa.”