Autor da reconversão do edifício da Alfândega do Porto em Museu dos Transportes e Comunicações, projeto em que trabalhou durante cerca de 20 anos, o arquiteto Eduardo Souto de Moura aceitou o convite de Paula Paz Dias, presidente do conselho de administração da Alfândega, para ser comissário de Leonardo Da Vinci – As Invenções do Génio. Admirador do cientista, inventor e artista do Renascimento, o Prémio Pritzker de 2011 lembrou que “a principal base da civilização moderna foi Leonardo Da Vinci quem a inventou”.
Por ser Da Vinci um homem “tão à frente” do seu tempo, Souto de Moura defende que nesta mostra se pode encontrar muito daquilo que hoje constitui o nosso saber. “Está aqui o princípio da cidade moderna”, observou, na inauguração da exposição.
Para visitar até ao final de julho, esta mostra está patente na enorme sala das Furnas da Alfândega. “Fico muito feliz por ver que este edifício finalmente vai ter a vocação que deve ter. Esta sala nunca teve uma exposição tão adequada, quase foi feita para receber Leonardo Da Vinci”, referiu ainda o arquiteto.
Radiante com o impacto que obteve logo na primeira visita, em que contou com a presença do presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, Paula Paz Dias afirmou: “Estou muito satisfeita por termos trazido esta exposição para a cidade do Porto. Deu-nos muito trabalho, mas todo o processo transcendeu as nossas expectativas. Com esta mostra esperamos estimular a curiosidade intelectual das pessoas de forma a desenvolver a criatividade e o engenho.”
Souto de Moura revisita o génio ‘tão à frente’ de Leonardo da Vinci
A diretora da exposição “Leonardo Da Vinci – As Invenções do Génio”, Paula Paz Dias (em cima, com o marido, Mário Ferreira, e o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira), convidou Souto de Moura para ser comissário desta mostra onde se podem ver de perto réplicas de máquinas e engenhos, representações das obras “Mona Lisa” e “A Última Ceia”, e ainda protótipos idealizados há cinco séculos.