Herdou dos pais, Friedrich Berthold, 2.º barão de Beck, e Edith Irene Adele Knapitsch, a sensibilidade para estar atenta aos que mais necessitavam de ajuda. “Quando os meus pais, que eram austríacos, chegaram a Portugal, foram viver para a Malveira da Serra, uma zona que na altura era muito pobre. Lembro-me de que a minha mãe tentava ajudar toda a gente e, quando os meus filhos eram pequenos, eu não podia deixar um casaco ou um chapéu em casa deles, porque ela dava-os logo aos pobres”, recorda Marina Arnoso, que há 28 anos decidiu ‘abdicar’ de parte do seu tempo para se dedicar ao voluntariado na Maternidade Alfredo da Costa, onde, em 1996, nasceu o Banco do Bebé – Associação de Ajuda ao Recém-Nascido, à qual presidiu durante mais de duas décadas. O testemunho foi passado recentemente a Assunção Infante da Câmara, ao lado de quem organizou mais um almoço solidário a bordo do Barco Confeitaria Nacional, cujas receitas reverteram a favor daquela associação. “Além dos enxovais e dos cabazes mensais que preparamos, também apoiamos 90 famílias em domicílio. É uma logística grande e só não fazemos mais porque tudo o que fazemos resulta apenas de apoios particulares”, explicou Marina à CARAS.
Marina Arnoso passa testemunho de 28 anos de voluntariado dedicados a bebés
O testemunho foi passado a Assunção Infante da Câmara.