O autor e intérprete do tema Canção do fim, Diogo Piçarra, que ganhou por unanimidade do júri e do público a votação da segunda semifinal do Festival da Canção, reagiu às acusações de plágio de que foi alvo nas redes sociais. Muitos internautas salientaram as semelhanças entre a canção de Diogo e o ‘hino’ Abre meus olhos, que faz parte do álbum Cânticos do Reino, da Igreja Universal do Reino de Deus.
Na sua página de Facebook, o cantor reagiu às críticas num longo texto em que afirma que “a simplicidade tem destas coisas e só quem não cria arte é que nunca estará nesta posição. Faz parte da vida de um compositor e é algo que todos nós iremos ‘sofrer’ a vida toda”.
Adianta ainda que a canção surgiu em 2016, assim como músicas do seu novo álbum “do=s” e que a manteve guardada “por achar algo especial, no entanto, a sua simplicidade e a sua progressão de acordes não é algo que não tenha sido inventado, tal como tudo na música”.
Afirma ainda que a “a Internet é o verdadeiro juiz dos tempos modernos. Aclama mas também destrói”. “A minha consciência está tranquila na medida em que eu próprio sou quem está mais surpreendido no meio disto tudo: nasci em 1990, não sou crente nem religioso, e agora descobrir que uma música evangélica de 1979 da Igreja Universal do Reino de Deus se assemelha a algo que tu criaste, é algo espantoso e no mínimo irónico. Desconhecia por completo o tema e continuarei a defender a minha música por acreditar que foi criada sem segundas intenções”.
Lembra ainda que “as melodias na música não são ilimitadas. Nunca participaria num concurso nacional com a consciência de que estava a plagiar uma música da Igreja Universal. Teria agarrado na guitarra e feito outra coisa qualquer”.
E conclui, afirmando que, “afinal as pessoas quando olham, vêem tudo, no entanto, só o lado mau que procuram destruir. Mas, infelizmente, informo que isso nunca acontecerá”, agradecendo contudo “a esta família gigante que me apoia sempre”.