Frances McDormand fez um discurso emotivo na 90ª edição dos prémios da Academia. Vencedora do Óscar de Melhor Atriz, falou sobre o filme Três Cartazes à Beira da Estrada, do cineasta Martin McDonagh e abordou a inclusão das mulheres na indústria cinematográfica. Levando a audiência, que assistia no Dolby Theatre, ao rubro, Frances pediu aos ‘poderosos’ da indústria cinematográfica que valorizassem o talento feminino. “Todas nós temos histórias para contar e projetos que precisamos de financiar“, disse. “Não nos falem sobre isso nas festas de hoje à noite. Convide-nos para o seu escritório, ou venha ao nosso, e nós lhes diremos tudo sobre eles.”
Mas Frances deixou o público e os fãs com dúvidas, quando introduziu o conceito “Inclusion Rider – Cláusula de Inclusão” no final do seu discurso. De que estava a falar?
Para contextualizar o discurso da atriz, a fundadora da iniciativa Inclusion Rider, Stacy Smith explicou ao The Guardian como a Cláusula de Inclusão pode ser útil para promover a diversidade na indústria. A ideia é que possa estar nos contratos da equipa que trabalha num filme, de modo a que esta atinja um certo nível de equidade.
A responsável acredita que garantirá uma representatividade da população, visto que existiria uma inclusão de mulheres, pessoas de diferentes etnias, LGBT e portadores de deficiência. Se o filme não cumprir com os requisitos, o distribuidor “terá que pagar uma multa a organizações que apoiem as mulheres e outros grupos sub-representados”.
Smith revelou ao jornal britânico que foi uma surpresa que McDormand fizesse um discurso na noite mais importante do cinema, em que nomeasse o seu trabalho. São vários os atores que já demonstraram o seu apoio à atriz através das redes sociais.