
Figura incontornável do século XX em Portugal, António Champalimaud nasceu a 19 de março de 1918 e ficou para a História como um empreendedor, tendo assumido desde cedo as rédeas dos negócios da família, particularmente após a morte do pai quando tinha apenas 19 anos. Foi nessa altura que largou o curso de Ciências Físico-Químicas da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, concentrando-se na missão de dar nova vida à Companhia Geral de Construções, pertencente à família, praticamente falida à época.
Em 1941, casou com Maria Cristina de Mello, irmã de Jorge de Mello e ambos filhos do presidente da CUF, netos de Alfredo da Silva. Tiveram sete filhos – Maria Luísa, José, João Henrique, António Carlos, Manuel Carlos, Luís e Maria Cristina -, e divorciaram-se já na década de 1960.
O falecimento do tio, Henrique Sommer, fez com que herdasse parte das empresas que lhe pertenciam.
Viu o património que conquistou ser nacionalizado após o 25 de abril e partiu para o Brasil nessa altura, firme na missão de recuperar o império que havia construído, avaliada à época como a sétima maior fortuna a nível europeu. Começou pela produção de cimento e pluralizou as áreas de exploração, abraçando ainda a área agrícola e a criação de gado.
O regresso a Portugal deu-se apenas na década de 1990 e optou, a partir desse momento, por fazer avultados investimentos na área bancária.
Faleceu a 8 de maio de 2004 e, três anos mais tarde, abriu a Fundação Champalimaud. Em 2010 foi aberto o Centro com o mesmo nome, que tem desenvolvido um importante trabalho de investigação nas áreas de Oncologia e Neuropsiquiatria.