O jornalista e escritor norte-americano Tom Wolfe morreu nesta segunda-feira, num hospital em Manhattan, aos 88 anos. De acordo com o seu agente, Lynn Nesbit, o jornalista estava hospitalizado devido a uma infecção. Wofe morava em Nova Iorque desde quando foi contratado pelo The New York Herald Tribune, em 1962.
Ao aplicar técnicas literárias às histórias de não-ficção, o jornalista tornou-se famoso como um dos criadores do movimento “novo jornalismo” nos anos 1960, ao lado de outros nomes como Gay Talese e Truman Capote. Um exemplo é o seu primeiro livro, The Kandy-Kolored Tangerine-Flake Streamline Baby, uma coletânea de reportagens publicadas na revista Esquire e no jornal The New York Herald Tribune. Mas a obra de Wolfe que fez mais sucesso é a ficção A Fogueira das Vaidades, de 1987, que, em 1990, foi adaptada ao cinema, com estrelas como Tom Hanks, Bruce Willis e Morgan Freeman no cartaz. O último romance de Tom Wolfe é Back to Blood, lançado em 2012.
Para além da escrita, Tom Wolfe era conhecido pelo estilo. De acordo com o obituário publicado pelo The New York Times, tinha por hábito andar pela Madison Avenue com um fato cor de baunilha, camisa de seda listrada, lenço à mostra no bolso e sapatos brancos. Uma ez, Wolfe definiu o próprio estilo como “neo-pretencioso“. O escritor deixa a mulher Shelia e dois filhos, Alexandra e Tommy.