O canal televisivo CNN revelou na passada quinta-feira, dia 24 de maio, que 16 pessoas falaram com a estação norte-americana no âmbito da investigação a Morgan Freeman, sendo que oito destas o acusaram de conduta imprópria, e a outra metade afirmou mesmo ter sido vítima de assédio sexual por parte do artista.
Uma das vítimas trata-se de uma jovem assistente de produção no filme Despedida em grande estilo. A jovem contou à CNN que o ator de 80 anos a tocou em sítios inapropriados, como o fundo das costas, e chegou a fazer comentários impróprios sobre a sua roupa e corpo. Num desses incidentes, Freeman “tentou levantar a saia” e perguntou à jovem “se estava a usar cuecas”.
Em 2012, durante as gravações do filme Mestres da Ilusão, sucedeu algo semelhante. Uma outra assistente de produção diz ter sido alvo do mesmo tipo de comportamento por parte de Freeman, contando à CNN que o ator a assediava e fazia comentários inadequados a várias colegas acerca dos seus corpos.
Entretanto, Morgan Freeman já reagiu às acusações. Em comunicado, o ator pediu desculpa a quem “se sentiu desrespeitado ou desconfortável” e afirmou não ter tido essa intenção. “Quem me conhece ou trabalhou comigo sabe que não sou capaz de ofender alguém intencionalmente, nem de criar situações que causem desconforto” escreveu o actor no comunicado.
Após a divulgação das acusações, o sindicato dos atores e argumentistas norte-americanos SAG-AFTRA, anunciou que irá rever a sua posição quanto à homenagem que tinham concedido a Freeman este ano, sendo que os transportes públicos da cidade de Vancouver já terão mesmo cancelado uma campanha publicitária que contava com o ator.
Este é, assim, mais um nome a acrescentar à lista do escândalo de assédio sexual que tem assombrado Hollywood, e que já conta com a ‘hashtag’ #metoo, representativa de um movimento online que encoraja as vítimas deste tipo de situações a denunciá-las publicamente.
Apesar de tudo, vão surgindo novas versões da história. De acordo com o site TMZ, uma das supostas acusadoras, citada pela CNN, diz que o canal distorceu por completo as suas palavras e que nunca acusou o ator de qualquer comportamento inadequado. “Não é correto comparar elogios ou humor mal interpretados com algo horrendo como o assédio sexual“, afirmou Freeman.