Como ela própria diz, Inês Ponte Grancha pratica o verbo ‘descomplicar’. E fá-lo em tudo na sua vida. Talvez por isso o sorriso permanente, mesmo quando se desdobra em três frentes: é mãe, copiloto e fisioterapeuta. E agora que se viu forçada a parar devido ao acidente que teve há um ano no Rali de Portugal, e que lhe deixou várias mazelas físicas, a navegadora ainda criou um blogue. About Being é um projeto a que Inês pretende dar continuidade, mesmo quando regressar às provas, em 2019. “É um blogue sobre todas as minhas versões”, explicou durante uma manhã muito divertida passada com o filho, Duarte, de dois anos e meio, fruto do seu casamento com o piloto de todo-o-terreno Pedro Grancha. Juntos há oito anos, os dois prepavam-se para uma nova fase familiar quando esta entrevista aconteceu: o nascimento da filha, Pilar, que chegou ao mundo esta semana.
– Se formos a contas, leva metade da sua vida sentada no banco do “pendura”…
Inês Ponte Grancha – É verdade, já são muitos anos, e agora já tenho muitas saudades de me sentar nesse banco. Podermos fazer aquilo de que mais gostamos a nível profissional é tudo.
– Este trabalho representa uma superação constante de si própria. Foi a primeira mulher em Portugal a conquistar o título de campeã nacional de ralis. Ainda assim, podemos dizer que o seu maior desafio até agora passa por ser mãe?
– Das profissões que tenho, é a mais difícil e desafiante, sim. Desde que tive o acidente que me vejo como mãe a tempo inteiro, e é, de facto, muito difícil. Educar e estabelecer limites não é nada fácil. A mãe tem de ser sempre uma balança. Por norma, sou muito paciente, mas, enquanto mãe, não sei se sou assim tanto. Tanto para o bom como para o mau, tenho-me apercebido de coisas em mim que nunca tinha percecionado nas minhas duas outras profissões. E isso é muito revelador.
Leia esta entrevista na íntegra na edição 1192 da revista CARAS.
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