Filipe Albuquerque, de 33 anos, e a mulher, Joana, de 34, sempre desejaram uma família grande. Por isso, assim que nasceu Carolina, hoje com dois anos e meio, já sabiam que queriam mais filhos e, se possível, com pouca diferença de idades. E quando Joana soube que estava novamente grávida, a notícia foi recebida com muita emoção, mais ainda porque aconteceu numa altura em que o piloto tinha acabado de se sagrar campeão em Daytona, no início deste ano. Hoje, e apesar da última competição em que participou, a prova 24 Horas de Le Mans, não lhe ter corrido de feição, continua a viver dias felizes em família e a aguardar com serenidade a chegada de Maria, prevista para o final de agosto.
− A Maria vai ter uma diferença de idade pequena para a Carolina…
Filipe Albuquerque − É verdade. Nunca quisemos ter só um filho e a Carolina também tem um lado maternal tão vincado e é tão boa menina que achámos que estava na altura. Depois, nenhum de nós os dois é filho único e sabemos como é bom crescer com companhia. Era um plano para 20018, mas não para o primeiro dia do primeiro mês do ano, que foi quando soubemos. Estávamos nos Estados Unidos e foi lá que soubemos, foi espetacular.
Joana Albuquerque − Acho que foi essa novidade que fez com que o Filipe fosse mais rápido em Daytona! [Risos]
− Filipe, foi realmente um começo de ano em grande, com a Joana grávida e a consagração em Daytona…
Filipe − Foi um mês maravilhoso. Ganhar no fim de janeiro a corrida de Daytona foi ouro sobre azul, mas claro que a notícia de ser pai outra vez foi o melhor de tudo. Para mim, a família é mais importante do que o lado profissional, mas é claro que vencer aquele prémio me deu uma grande alegria, porque já andava em busca dele há algum tempo.
− Em contrapartida, agora as 24 horas de Le Mans não correram lá muito bem…
− Fico sempre triste e pensativo quando uma corrida me corre mal e Le Mans é sempre mais especial, porque já há algum tempo que estou perto de alcançar o pódio. Este ano correu mal, não por minha culpa, e fico sempre a pensar porquê… Mas depois penso que tenho uma família linda e que vai crescer ainda mais e isso faz-me ultrapassar muito melhor qualquer deceção.
− Os resultados do Filipe são vividos em família, já que a Joana o acompanha para todo o lado. Teve de abdicar da sua carreira para isso?
Joana − No início ainda tentei continuar a trabalhar, mas também sou uma pessoa muito ambiciosa e dei por mim numa fase muito frustrada, porque de facto não conseguia fazer tudo a 100% como gostava. Então, decidi assumir acima de tudo um compromisso familiar. Despi um pouco o preconceito de fazer essa aposta e acho que a partir do momento em que o fiz estamos mais felizes.
Leia esta entrevista na íntegra na edição 1194 da revista CARAS.
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