Maria Botelho Moniz foi recentemente convidada para participar no Jogo da Roleta, uma rubrica do programa Queridas Manhãs, transmitido pela SIC, e falou abertamente sobre vários assuntos da sua vida pessoal e profissional entre os quais a perda irreparável do namorado, que faleceu aos 29 anos num acidente de mota em março de 2014. Depois de uma longa relação, ficaram noivos e com um sonho por realizar: o casamento a 20 de setembro desse mesmo ano.
“Para quem não sabe fiquei viúva sem ser casada com 29 anos. Ao fim de 10 anos de relação perdi o amor da minha vida”, confessou aos telespectadores durante a conversa com Júlia Pinheiro e Cláudio Ramos.
Questionada sobre se já teve de sorrir sem vontade, afirma que o fez muitas vezes “completamente destruída por dentro” semanas após a trágica morte do namorado quando muitas das pessoas desconheciam o sucedido.
Sob o desejo dos colegas e amigos de que Maria reencontre o amor, a apresentadora garante estar quase pronta, “mas acho que ainda vai demorar um bocadinho. Estou apaixonada por aquilo que achava que seria a minha vida. A vida tem estas coisas de nos pregar rasteiras e dar muitas voltas”.
Sorridente e confiante no futuro, reconhece que, apesar das vicissitudes, é uma pessoa grata “por aquilo que tenho e tenho de ter consciência que tenho muito mais do que muita gente”.
Perante a pergunta de Cláudio Ramos sobre “qual das dores foi mais forte”, se a perda do namorado ou a do pai, desaparecido em abril último, Maria Botelho Moniz considera que são dois tipos de sofrimento muito distintos. “São dores muito diferentes. Quando o meu pai morreu disseram-me ‘Prepara-te que esta [dor] vai doer muito porque é de sangue’ e doeu, de facto, muito. Mas eu acho que um filho ou uma filha perder um pai é sempre muito difícil, é sempre uma perda gigante. Assim inesperada é ‘tirarem-te o tapete’. Mas tu cresces a saber que essa é a lei da vida (…), que irás enterrar os teus pais”, explica.
Para a morte do namorado garante que não estava preparada. “Eu tinha 29 anos e ele também. É perderes a pessoa que achas que vai fazer o caminho ao teu lado, até seres velhinho. Acho que foi uma dor mais funda. [Com] o meu pai fica um buraco, um vazio que fica. O Salvador foi uma facada”, conclui.