Sara Prata é uma mulher realizada, que não perdeu a vontade de conquistar o mundo. Já leva 13 anos a trabalhar com a TVI e, terminadas as gravações da novela Jogo Duplo, que protagonizou ao lado de João Catarré, esta pareceu-nos a altura ideal para pôr a conversa em dia com a atriz.
– Está onde imaginava estar agora, a fazer o que sempre quis?
Sara Prata – Acho que foi aos 30 anos que senti pela primeira vez essa necessidade de respostas. Mas ao longo destes últimos quatro anos acabei por perder a urgência em responder precisamente a essas duas perguntas. Com calma e em períodos diferentes, vais sabendo quem és, quem são os que estão à tua volta e a forma como desenhas o que será no imediato e no futuro. Sem pressas, mas com mais firmeza.
– É o tipo de pessoa que define metas, objetivos a atingir?
– Sempre fui assim. Quando não sei o que pedir, construir, para onde caminhar, prefiro parar. Sempre levei a minha vida desta forma. Temos a capacidade de projetar o que queremos na nossa vida. Em alguns momentos temos barreiras e dúvidas, mas faz parte. Para uns pode ser destrutivo, eu tento transformar isso num crescimento maior.
– O que é que a faz feliz?
– Coisas bastante simples. Ter a capacidade de parar e ver um pôr do sol. Dar um mergulho. Ter um bom prato na mesa. E sorrir. Mesmo que custe, sorrir é metade do caminho para se ser feliz.
– Terminou há pouco tempo a novela Jogo Duplo. Que importância teve para si este papel?
– Foi dos projetos mais especiais para mim, e acredito que para todo o elenco. Sentíamos que estávamos a fazer algo de coração, genuíno, em conjunto. Hoje o público premeia isso, dizem-nos na rua que o que fizemos foi especial. A Margarida e o João vão ficar naquela caixinha dos personagens que não vou esquecer. Grande projeto da TVI, grandes personagens, grandes atores. Não poderia ter pedido mais.
– O que vem agora?
– A televisão já faz parte dos meus desejos. Estou sempre curiosa para saber qual a personagem a seguir, de que forma consigo evoluir para o público. É este o fascínio da minha profissão. Crescer, exigir mais de mim através de uma história. Não gosto de estagnar, procuro constantemente essa evolução em mim e nos projetos que abraço. O público está cada vez mais exigente nos meios que tem ao seu alcance, é bom começarmos a produzir na direção dessas “exigências”. Estive a rodar com o Vicente Alves do Ó um filme que me deixa muito curiosa, precisamente pela forma como ele fez algo que há muito queria, explorou e apresentou algo loucamente seu. Depois, os palcos são uma vontade constante. Este ano quero muito voltar ao teatro. Estou a precisar de voltar às bases, de me sentir em prova, porque o palco irá sempre relembrar-me quem sou.
– Há 13 anos que é uma das caras da TVI. Como tem sido este trajeto?
– Melhor seria impossível. Rapidamente, um sonho de menina se tornou realidade e fez-me ser persistente para não desistir. A TVI foi, sem dúvida, um braço forte nesta construção. Mas tento, acima de tudo, não esquecer a verdadeira paixão que me fez sair de casa, lutar e acreditar que seria possível: a representação. Essa, sim, é a grande aventura da minha vida. Tentar não ser maior do que eu nem menor do que mereço. O equilíbrio consegues nas parcerias certas, e a meu lado tenho pessoas que me alicerçam diariamente e me fazem ainda hoje querer mais 13 anos desta aventura.
Leia esta entrevista na íntegra na edição 1201 da revista CARAS.
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