Helena Costa fala pausadamente e baixinho. É doce nos modos e tem sempre um sorriso para quem a aborda, apesar de gostar de passar despercebida. Por isso, no dia a dia, a atriz, de 36 anos, prefere looks confortáveis, que lhe permitam cuidar dos seus animais e fazer desporto. Sem deixar de evidenciar o seu lado mais feminino, é uma assumida maria-rapaz e uma motoqueira destemida. Sem se esgotar num rótulo, é, acima de tudo, igual a si própria.
Depois de ter passado pela moda, Helena tem trilhado o seu caminho na representação sem pressas e sem se pôr em bicos de pés para sobressair. De projeto em projeto, tem construído uma carreira linear, que lhe deixa espaço para a vida pessoal, um equilíbrio que preserva ao máximo.
Ciosa da sua privacidade, Helena evita alimentar polémicas, esclarecendo que o fim da sua relação com Luís Matos Cunha, atual companheiro de Dânia Neto, não lhe deixou mágoas. Sem revelar se está apaixonada, é uma mulher feliz, como partilhou com a CARAS num final de tarde “sobre rodas”, no cabo Espichel.
– Hoje mostrou-nos o seu lado de motoqueira. Sempre gostou de motas?
Helena Costa – Herdei a mota da minha irmã quando tinha 15 ou 16 anos. E até ter a carta de carro andei sempre de mota. Por isso foi uma paixão que começou muito cedo. Há dois anos, fiz uma viagem de mota pela Europa e adorei. Foi aí que percebi que queria mesmo ter a minha própria mota.
– E sente aquela liberdade que muitos motociclistas descrevem?
– Sim, quando ando de mota sinto uma liberdade indescritível. É como se pudesse voar. É maravilhoso. Ouvir música enquanto andamos de mota é uma sensação única. E, depois, é muito prático. A mota estaciona-se em qualquer lado e chegamos muito mais depressa ao nosso destino.
– A Helena é reservada, discreta e até tímida. Contudo, a paixão pelas motas é associada a pessoas mais destemidas e rebeldes. Sente que é um bocadinho de tudo isso?
– Talvez… Sou eu própria. Sou muito destemida. Estudei Desporto e na altura até dizia que queria tirar um curso de Educação Física Radical. Também sempre fui maria-rapaz. Adoro andar de bicicleta, de mota, de patins…
– Olhando para si agora, ninguém diria que é uma maria-rapaz…
– Vejo as fotografias como um trabalho. Antes de fazer novelas, fiz muitas sessões fotográficas como manequim. Tanto uso saltos altos e um vestido como ando de mota. E sinto-me confortável nos dois cenários.
Fotos: Ricardo Santos
Leia esta entrevista na íntegra na edição 1203 da revista CARAS.
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