No dia 23 de dezembro de 2017, a vida de Luciana Abreu, de 33 anos, e de Daniel Souza, de 39, mudou para sempre. Às 29 semanas de gestação, a artista teve de ser internada de urgência depois de ter sido diagnosticada às bebés a síndrome de transfusão feto-fetal – uma condição grave que ocorre em gravidezes gemelares monocoriónicas e em que ambos os fetos podem morrer. Nesse mesmo dia, Luciana foi mãe de Amoor e Valentine. Desde esse momento, e durante dois meses, a cantora e o marido viram as filhas a lutarem pela vida. O medo e a angústia que sentiram, mas também a fé e o amor que os uniu em cada dificuldade e conquista, transformaram a forma como vivem a paternidade e até como encaram os desafios diários.
Numa manhã passada em Cascais, a artista e o guia turístico posaram com as gémeas e com as filhas mais velhas de Luciana, Lyonce, de sete anos, e Lyannii, de seis, e partilharam os afetos e a gratidão que preenchem agora os seus dias.
– Tem sido fácil gerir a nova logística familiar?
Luciana Abreu – A logística é mais complexa, porque temos dois bebés, que exigem cuidados. Agora, há sempre música em casa, sobretudo de manhã ou na hora da papa, que é quando há mais birras [risos]. É complicado, mas também é uma felicidade. O que nos aconteceu foi muito especial. Há uma alegria que nos enche a casa, a vida e o coração.
– E como é que está a ser para o Daniel esta estreia na paternidade?
Daniel Souza – Estamos muito felizes. É um privilégio e uma alegria pertencer a esta família. Claro que quando se tem duas bebés há situações mais complicadas e difíceis com as quais temos de lidar no dia a dia. Mas é uma felicidade.
– Como tem sido o Daniel enquanto pai?
Luciana – Acredito que não há pais nem mães perfeitas. É muito difícil educar outro ser com todos os obstáculos e dificuldades da vida. Contudo, há algo que o Daniel diz e que me faz reavivar a chama da paixão e do amor. Ele diz que é muito grato à Lyonce e à Lyannii, porque foram elas que o ensinaram a ser pai. E isto para uma mãe é muito especial. O Daniel pode ficar sem dentes e muito velhinho que vou sentir sempre algo muito especial por ele. Devido ao seu trabalho, o meu marido chega a estar fora de casa durante duas semanas, o que complica a logística. Além disso, é difícil gerir as saudades. Mas temos muito apoio. Os meus sogros e mais familiares do norte já nos vieram ajudar, a Micaela [Medeiros, assistente pessoal de Luciana] também está sempre connosco, os meus padrinhos… Temos muitas ajudas.
Daniel – Para mim é muito difícil estar fora, porque sei que esta fase das nossas filhas passa muito depressa. É muito giro ver que já têm os seus traços de personalidade.
Leia esta entrevista na íntegra na edição 1208 da revista CARAS.
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