Sandra Celas, de 43 anos, sempre fez da música uma ferramenta da vida e sempre cantou: nos intervalos das gravações, nos corredores dos estúdios, em casa, em todo o lado. No entanto, só recentemente sentiu que passou a fazer sentido dar corpo a esta paixão e apresentá-la ao mundo. Assim, criou os Mur Mur e o seu primeiro álbum, Rio Invisível, lançado há poucos dias. A seu lado, em todo o caminho, tem contado com o apoio da filha, Miranda, de dez anos, a sua principal incentivadora.
– Acaba de sair o seu primeiro álbum…
Sandra Celas – Sim, no dia 28 de setembro. A primeira edição do Rio Invísivel será online e muito em breve haverá edição física. Já estava com muita vontade que isto acontecesse, porque é um projeto que anda a fermentar há alguns anos. Por mim já tinha saído há mais tempo, mas às vezes os projetos têm timings próprios.
– O público que a vê habitualmente nas novelas vai conhecer uma Sandra diferente…
– Sim. Vai conhecer a minha voz cantada e ter acesso a um lado mais pessoal, porque este meu projeto dos Mur Mur e este disco em particular, que saiu da minha colaboração com o Alex Cortez, ex-Rádio Macau, é um projeto muito pessoal, já que a maior parte das letras são escritas por mim e as músicas compostas por ele. Depois entraram mais dois músicos maravilhosos, o Tiago Inuit e o Filipe Valentim. É um álbum muito especial, muito honesto. Cantei toda a minha vida e como atriz já cantei até em trabalho, mas sempre foi uma coisa tão natural que nunca pensei em fazer nada a nível profissional. A verdade é que houve uma altura em que me cansei um pouco do que estava a fazer enquanto atriz e precisei de me reinventar. Nesse ano convidaram-me muitas vezes para cantar e senti um apelo para fazer um projeto meu.
– E como foi o processo de escrita das letras? Fácil para quem já lida com as palavras?
– Surgiu um pouco por necessidade e foi todo um mundo que descobri. Havia uma pessoa que escrevia para o projeto mas eu não me estava a rever nas letras e não estava a funcionar. O Alex sugeriu que eu escrevesse as letras, já que gosto bastante de escrever prosa poética, embora seja diferente. A partir do momento em que escrevi a primeira, tudo fluiu naturalmente.
Leia esta entrevista na íntegra na edição 1209 da revista CARAS.
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