Ao longo de mais de 25 anos de carreira Fátima Lopes tem quebrado estereótipos e preconceitos, mostrando coleções com uma linha criativa ímpar, que já têm o seu lugar na Fashion Week de Paris. A criadora continua a trabalhar com o mesmo entusiasmo de quem acaba de começar. Já fez muito, mas sente que ainda tem muito para mostrar, porque as ideias, essas, nunca se esgotam.
Se com a estilista a conversa também não se esgotaria, nesta entrevista optámos por dar a passerelle à mulher de 53 anos que sabe muito bem aquilo que quer e que não abre mão da sua independência. O seu divórcio de Ângelo Rebelo, o que procura numa relação, arrependimentos em relação ao passado e o que é essencial para ser feliz foram temas que desfilaram nesta conversa sincera e sem filtros.
– Hoje estamos no seu ateliê, que é também onde funciona a Face Models. Gosta de ser uma líder?
Fátima Lopes – Gosto de liderar, mas não me revejo nisto de ser a patroa. Não gosto de dar ordens, porque nunca gostei que o fizessem comigo.
– Sempre foi “dona de si própria”?
– Sempre, desde criança! Se me dessem uma ordem, perguntava logo: “Porquê?” Nunca aceitei ordens. Não controlo a vida de ninguém e não admito que tentem controlar a minha. Basta tentarem para já não funcionar. O respeito pela privacidade e independência de cada um é fundamental. E tem de haver confiança. Não tenho paciência para ciúmes, por exemplo. E exijo ser muito bem tratada, porque é assim que trato quem está comigo.
– É fácil lidar consigo?
– Sim, porque não imponho nada a ninguém nem acho que seja a dona da razão. Sei falar e ouvir. Quem entra na minha vida por bem, nunca mais sai. Sou completamente transparente, nunca enganei ninguém. E exijo que sejam assim comigo. Não tenho paciência para mentiras nem fingimentos. Não perco um segundo com pessoas ou situações que não valham a pena.
Leia esta entrevista na íntegra na edição 1214 da revista CARAS.
Assinatura Digital