
Ricardo Santos
Tâmara Castelo descobriu há mais de 20 anos que o seu permanente mal-estar se devia a intolerâncias alimentares, 27 ao todo, que a impediam de ter uma vida normal. Perdeu a conta à medicação que tomou, às dietas que fez e às consultas médicas a que teve de ir antes de descobrir a causa dessas constantes indisposições, que foram suscitando um crescente interesse por medicinas alternativas.
Filha do ator Virgílio Castelo, Tâmara tem hoje 34 anos, um curso de medicina tradicional chinesa, uma especialização em homeopatia e uma clínica em seu nome especializada em alimentação saudável, nutrição, dietética, perda de peso, apoio à fertilidade e manutenção da saúde. Ao longo dos anos tem partilhado tudo o que aprendeu com os pacientes, que gosta de ajudar através da alimentação.
Comer sem Culpa é o título do seu mais recente livro, em que compila receitas saudáveis, sem glúten, sem laticínios e sem açúcar, algumas das quais partilhadas nesta produção fotográfica para a CARAS, que decorreu na sua cozinha e na companhia da filha mais nova, Noa, de três anos, fruto do seu relacionamento com o chef argentino Chakall. E como se aproxima a época natalícia, começámos por tentar perceber como é que a família se organiza para o jantar da Consoada, uma vez que ambos têm filhos de anteriores relacionamentos: Chakall é pai de Zoel, de 15 anos, Soluna, de 13, e Leanne, de 11, que moram na Alemanha, e Tâmara é mãe de Flor, de oito anos.
– O vosso Natal deve ser completamente atípico…
Tâmara Castelo – O Natal é uma orgia de glúten, açúcar e leite, que é tudo o que eu não posso comer, portanto o meu Natal é muito atípico. O ano passado passei três meses a inventar receitas de doces de Natal, como bolo-rei ou filhós, coisas que não comia há anos.
– Isso desde que tomou conhecimento das suas intolerâncias?
– Sim. Normalmente passava semanas a tentar recuperar do Natal. Dei por mim várias vezes a fazer acupuntura a mim própria, porque desesperava com dores de barriga. Ficava destruída com o que comia. Este ano vai ser atípico, de facto, porque vou fazer o meu primeiro Natal sem glúten, tudo cozinhado por mim. Aliás, nunca trabalho no dia 23, para poder passar o dia na cozinha. É o meu momento de relaxamento. Vai ser um desafio perceber se toda a gente fica feliz a comer como eu, para variar. Vou fazer uma revolução, porque normalmente sou eu que ando de Tupperware para todo o lado. Este ano vai ser a vingança.
Leia esta entrevista na íntegra na edição 1215 da revista CARAS.
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