Quando sobe ao palco, Bárbara Branco ilumina-se. A jovem de sorriso doce e traços ainda de menina dá lugar a uma atriz segura, versátil e com um magnetismo que não deixa o público indiferente. São todas estas características, aliadas a uma vontade férrea de fazer sempre mais e melhor, que levaram o mestre Carlos Avilez, seu mentor na Escola Profissional de Teatro de Cascais e com quem já trabalhou várias vezes, e João Mota, que a dirige na peça Os Apontamentos de Trigorin, em cena no Teatro da Comuna, a elegerem-na entre tantas outras da sua geração. Feliz por cada conquista, Bárbara tem muitos sonhos por realizar, ou não coubessem nos seus 19 anos todas as fantasias do mundo. Contudo, o facto de ter crescido numa família em que é a mais velha de cinco filhos nunca lhe deu espaço para grandes vedetismos.
Numa conversa descontraída, a atriz revelou o papel que leva à cena todos os dias: o de uma jovem mulher sonhadora, que não tem pudores em admitir que quer chegar longe. No palco da vida, e em tantos outros que tem pisado, Bárbara tem dividido o protagonismo com o namorado, o ator José Condessa, de 21 anos, cujo talento a tem também ajudado a brilhar, como conta.
– Quando era pequena, já dizia que queria ser atriz?
Bárbara Branco – Fazia espetáculos em casa, mas não pensava em seguir algo relacionado com esta área. Lembro-me de que queria ser pediatra ou educadora de infância. Ser atriz foi uma escolha que se foi desenhando naturalmente. No final do 9.º ano é que tive de decidir se ia para Economia ou para Teatro. E foi nessa altura que entrei para a Escola Profissional de Teatro de Cascais.
– Os seus pais incentivaram-na a explorar esse seu lado mais criativo? Nunca lhe pediram para ter um plano B?
– Tudo foi possível graças aos meus pais. Nunca me exigiram nada nem me impuseram barreiras, mas claro que me falavam de um plano B. Eles sempre quiseram que eu seguisse o meu sonho, mas também se preocupam com a minha estabilidade. Sempre ouvi os seus conselhos, mas neste campo segui o meu instinto e tenho apostado tudo na representação. Isso não significa que não tenha medos. Mas tenho os meus objetivos muito bem definidos, por isso só tenho de arregaçar as mangas e trabalhar.
Leia esta entrevista na íntegra na edição 1216 da revista CARAS.
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