Aos 34 anos, Filipa Gomes é a cara – e o sorriso – que prova que os sonhos, tal como a vida, não são estanques. E hoje é imensamente mais feliz por causa disso. A cozinha nunca lhe foi estranha, mas não era um caminho óbvio, até que a oportunidade surgiu e Filipa tornou-se numa das caras mais carismáticas do 24Kitchen. Neste momento prepara-se para estrear na RTP, ao lado de José Avillez e Hugo Nascimento, o programa Famílias Frente a Frente e admite que a vida lhe tem dado oportunidades que não esperava, mas que faz questão de agarrar com empenho. A nível pessoal, vive feliz, há dez anos, ao lado de Jorge Trindade, com quem tem uma filha, Julieta, de três anos, e espera o segundo filho, que deve nascer em março. E foi sobre tudo isto que Filipa Gomes falou com a CARAS numa manhã onde o cheiro a bolo de maçã estimulou os sorrisos.
– Há uma música do António Variações que diz “muda de vida se não vives satisfeito”. Depois de sete anos em publicidade, foi o que fez?
Filipa Gomes – Sim. Não vivia satisfeita, mas também não tinha o ímpeto de mudar sozinha, não tinha coragem para dar o salto. Felizmente tenho ao meu lado um homem incrível, que consegue ver para além das oportunidades, que me disse que estava a acontecer um casting que era a minha cara e que eu tinha de ir em frente e tentar. A cozinha era o meu escape e já fazia muita coisa para vender, mas nunca me tinha passado pela cabeça fazer isto. Não cresci a querer ser cozinheira, nem apresentadora, só cresci a gostar muito de comer. E em minha casa o momento da refeição sempre foi de partilha e união. Toda a gente se sentava à mesa para o bem e para o mal, ou seja, a mesa sempre representou um ponto de encontro.
– Hoje consegue reproduzir isso em sua casa?
– Tento ao máximo, e desde muito cedo, e às vezes acho que faço um esforço demasiado grande para o que é comum nos dias de hoje. Pergunto-me se valerá a pena com uma filha que ainda só tem três anos. Dos dois aos três tem sido mais difícil, porque é a fase em que eles são pequenos adolescentes e há dias que são desgastantes, mas continuo firme, embora já ceda mais… Há que ser flexível e a verdade é que não consigo reproduzir tudo o que vivia em minha casa. E não tenho que viver com o peso de fazer tudo exatamente igual. Tem sido também um crescimento interior.
Leia esta entrevista na íntegra na edição 1222 da revista CARAS.
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