
João Lima
Vasco Palmeirim, 39 anos. Há 12 que é uma voz familiar no dia a dia dos muitos que o escutam pela manhã, de segunda a sexta. O animador da Rádio Comercial e apresentador refere que não seria o que é hoje se a rádio não se tivesse cruzado no seu caminho através de uma cadeira opcional do curso de Comunicação Social da Universidade Católica Portuguesa.
Apesar da sua paixão profissional, a felicidade plena é atingida junto da mulher, Bárbara Magalhães – com quem se casou em setembro do ano passado –, e do filho, Tomás, de três anos, tal como nos confessou numa conversa descontraída e divertida num espaço localizado na zona oriental de Lisboa.
– Como é que a rádio entrou na sua vida?
Vasco Palmeirim – Em casa, a rádio servia para ouvir relatos de futebol, música clássica e gravar as músicas nas cassetes. Na altura da faculdade já era parvo e percebi que a rádio seria um ótimo meio para difundir e extravasar a minha parvoíce. Fui estagiar para a Mega FM e convidado a escrever conteúdos de humor para o programa da manhã. Foi uma escola incrível. Lentamente, fui aparecendo cada vez mais em antena.
– Sente a responsabilidade de entreter as pessoas diariamente?
– Tenho de a sentir, mas às vezes esqueço-me. Sinto-a quando as pessoas dizem: “Vocês fazem parte da nossa vida.” Abro o coração de forma tão genuína e espontânea que não poderia ser de outra maneira. Hoje em dia a televisão tem um bocadinho isso e vai buscá-lo à rádio. É extraordinário quando apenas com a voz conseguimos chegar a tanta gente.
– Quando deu o salto para a televisão, o sonho que tanto queria realizar?
– Quando disse que iria fazer rádio, nunca o fiz com o objetivo de um dia saltar para a televisão. Nunca foi uma relação causa-efeito. Meto-me numa coisa para desfrutar desse momento. Comecei a fazer televisão no canal Q, que, a dada altura, tinha gente amiga a trabalhar, como, por exemplo, o Nuno Markl. O salto para a RTP deu-se quando fui convidado para ser jurado no programa Feitos ao Bife. Esse abriu-me portas para apresentar outros. Se não fosse a rádio, tenho a certeza de que grande parte da minha vida não teria acontecido como aconteceu.