Foi há quase 20 anos, mas a verdade é que o filme Pretty Woman continua a ser um dos mais marcantes de toda a carreira de Julia Roberts. Na altura, com apenas 20 anos, a atriz encarnou a personagem de Vivian Ward, uma prostituta de Hollywood que foi contratada por um empresário rico para ser sua acompanhante em em várias festas.
Se a história do filme é sobejamente conhecida, menos conhecida é a forma como a atriz principal se preparou para o papel. Barbara Marshall, mulher do falecido realizador Garry Marshall, que liderou o filme, veio agora a público, numa entrevista ao site Page Six, revelar que teve um papel fundamental na preparação deste verdadeiro sucesso de bilheteiras.
Quando Marshall escolheu Julia Roberts para o papel “perguntou-me se ela me podia acompanhar num dos meus dias de trabalho na clínica”, começou por revelar, explicando que na época trabalhava numa clínica média que dava apoio gratuito a prostitutas de Los Angeles.
“Selecionei duas mulheres jovens que vinham regularmente à clínica, paguei 35 dólares (cerca de 31 euros à taxa atual) a cada uma e pedi que se reunissem com a Julia”, continua para depois concluir que a relação entre as três mulheres foi tão boa que “a Júlia me gritou do fundo do corredor para dizer ‘adeus Barbara, vamos dar uma volta. Voltamos mais tarde.”
Preocupada com o insólito, a mulher do falecido realizador apressou-se a ligar-lhe: “estou preocupada porque a tua estrela acabou de sair daqui com duas raparigas e acho que foram para Hollywood Boulevard. Estou preocupada porque pode não voltar”.
O motivo para a preocupação era fundamentado, porque se Hollywood Boulevard é hoje sinónimo de glamour e até alguma ostentação, nos anos 80 e inícios dos anos 90 a avenida de Los Angeles estava associada às drogas, prostituição, marginalidade e pobreza.
No final do dia Julia Roberts acabaria por regressar “sã e salva”. “É uma mulher forte que pode cuidar de si em frente ou atrás das câmaras”, concluiu Barbara Marshall, demostrando a admiração que tem pela atriz.