Os últimos meses da vida de Branca Cuvier fizeram-se de sentimentos à flor da pele, de luto e de vida, de alegria e de lágrimas. E foi isso que quis mostrar na sua mais recente exposição, Manopera, no Espaço Cultural Mercês. “Perdi a minha avó [a artista plástica Helena Almeida] há oito meses, fui mãe pela segunda vez um mês antes deste acontecimento e estes meses têm sido muito intensos, com muita responsabilidade emocional e psicológica, não tenho tido muito tempo para pensar em mim enquanto ser individual e emocional. Mas tenho conseguido trabalhar e consegui reunir uma espécie de curadoria entre trabalhos antigos e atuais que representam o que tem sido esta viagem desde que a minha avó morreu. Perdi uma pessoa, um cheiro, um lugar, as mensagens à noite, as férias de verão, mas ganhei este lado da minha filha, que mexe com tudo o que tenho cá dentro. Portanto, o que me puxa para baixo também me está a puxar para cima. Esta exposição é um luto e uma vontade de congelar no tempo uma tristeza, um deambular entre sensações e estados que não são obrigatoriamente maus ou negativos, mas que precisam de ser vividos”, explicou Branca. E foi rodeada de família e de amigos que a artista se mostrou, uma vez mais, através dos seus quadros. “É muito interessante e é uma alegria muito grande – depois de conviver com os trabalhos, com o processo, com as dúvidas – ver aqui tudo exposto e ver este reconhecimento. É muito gratificante e faz-me ter um grande orgulho na Branca”, sublinhou o marido, Francisco Nogueira.
Branca Cuvier partilha emoções em “Manopera”, a sua nova exposição
A artista contou com o apoio do marido, Francisco Nogueira, na sua segunda exposição individual.
+ Vistos
Mais na Caras
Mais Notícias
Parceria TIN/Público
A Trust in News e o Público estabeleceram uma parceria para partilha de conteúdos informativos nos respetivos sites